sexta-feira, 22 de novembro de 2019

ESCOLA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROMOVE O DEBATE MESA REDONDA ‘RACISMO E CONSCIÊNCIA NEGRA’

 Texto:Adilson Gonçalves
Com o objetivo de promover reflexões que colaborem com as ações que marcam a comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra,  a  Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro - Elerj - realizará na próxima quinta-feira, dia 28, o debate Mesa Redonda - Racismo e Consciência Negra. O evento será realizado na sede  da entidade, na rua da Alfândega, nº 8 – 7º andar – Auditório.
O evento terá como mediador o dirigente nacional do Movimento Negro Unificado - MNU -, Marcelo Dias, e contará com as participações dos catedráticos Amílcar Araújo Pereira, João Raphael
Ramos dos Santos, Gabrielle Oliveira de Abreu e Pilar Borges Barbosa.
Eles discorrerão sobre os seguintes temas: História do Movimento Negro Brasileiro,  Entre memória, luta e produção de saberes: IPN e as possibilidades de um currículo antirracista, Trajetórias de personalidades e grupos negros durante a ditadura civil-militar, A influência racialista no pré-abolição carioca.
“A Escola do Legislativo foi motivada a discutir esse tema a partir da resolução 51/2019, de autoria das deputadas do Psol Dani Monteiro, Mônica Francisco e Renata Souza.
A ementa institui o programa de capacitação de prevenção ao racismo não só para servidores, mas também para toda a sociedade", explicou Rosemery Borges, subdiretora-geral da Elerj.
A mediação do evento será feita por Marcelo Dias, dirigente nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), integrante da Frente Democrática de Advocacia, da Frente de Juristas Negros do Estado do Rio de Janeiro e da Direção Estadual da Associação Nacional da Advocacia Negra (ANAN).

 Durante o evento os participante poderão assistir à exposição do artista plástico Alberto Pereira, o Negro  Nobre, que tem como característica de sua obra a transposição de celebridades negras para situações vividas por figuras  públicas e históricas brancas. Como exemplo, a cantora Alcione poderá ser vista na pele de Maria Antonieta.  A exposição será realizada do dia 28 de novembro ao dia 6 de dezembro. As artes são do artista plástico Alberto Pereira.

 A inscrição deverá ser realizada pelo próprio interessado, através de qualquer um dos links abaixo, até o dia 26 de novembro de 2019: http://bit.ly/2rqjZiQ ou https://tinyurl.com/y3taj2h5



PROGRAMAÇÃO:

Amílcar
 História do Movimento Negro Brasileiro. AMILCAR ARAUJO PEREIRA - Pós-doutor nas áreas de Educação e História na Columbia University, Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF);  Entre memória, luta e produção
Gabrielle
de saberes: IPN e as possibilidades de um currículo antirracista. JOÃO RAPHAEL RAMOS DOS SANTOS - Sociólogo e Mestre em Educação formado pela UFRJ;  Trajetórias de personalidades e grupos negros durante a ditadura civil-militar. GABRIELLE OLIVEIRA DE ABREU - Historiadora e mestranda no Programa de PósGraduação em História Comparada (PPGHC/UFRJ);  A influência racialista no pré-abolição carioca. GABRIELLE OLIVEIRA DE ABREU - Historiadora e mestranda no Programa de PósGraduação em História Comparada (PPGHC/UFRJ) PILAR BORGES BARBOSA

– Professora graduada na Licenciatura em História (UNIRIO). Mediador:
João Raphael

MARCELO DIAS – Dirigente Nacional do MNU – Movimento Negro .

 O evento será realizado na rua da Alfândega, nº 8 – 7º andar – Auditório. .Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 2588 1373.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA BAHIA BAHIA LANÇA REVISTA E SELO COMEMORATIVO AOS 30 ANOS DA LEI CAÓ

Fonte: Ascom/PGE/Secom Edição: Adilson Gonçalves
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) lançou no início deste mês o selo e a revista comemorativa ‘30 anos da Lei Caó’. A Lei 7.716/89, de 5 de janeiro de 1989, criminalizou o racismo no Brasil e foi proposta pelo jornalista, advogado e político soteropolitano Carlos Alberto Caó de Oliveira. A homenagem faz parte das atividades do Novembro Negro 2019 da PGE.

“A
Lei foi um evento muito importante para o Estado Democrático, mas, lamentavelmente, depois de 30 anos, ainda somos obrigado a usá-la. São pessoas como Caó que temos que saudar. A própria revista traz aspectos jurídicos e depoimentos da figura que ele foi, da importância dele no cenário nacional e do esforço que ele fez para criar essa lei”, declarou o procurador geral do Estado, Paulo Moreno.

A
revista comemorativa conta com 14 artigos, que falam sobre a eficácia da Lei Caó e 07 depoimentos sobre o advogado e parlamentar soteropolitano, Carlos Alberto Caó de Oliveira e sua luta contra o racismo. O selo será fixado em todos os processos que derem entrada na PGE até o dia 12 de dezembro.


“No âmbito no Novembro Negro 2019, essa é uma atividade que fortalece e visibiliza uma lei que transformou o crime de racismo em inafiançável e imprescritível, somando aqui toda a participação da PGE na elaboração das políticas públicas da promoção da igualdade racial do Estado da Bahia”, afirmou a secretária da Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis. Os secretários de Turismo, Fausto Franco, e da Casa Civil, Bruno Dauster, também compareceram ao evento.

A solenidade de lançamento contou com a apresentação do Quarteto do Coro Juvenil do Neojibá e com a presença de autoridades e representantes de diversos órgãos estaduais e federais que colaboraram com a revista.

Lei Caó

Entre os crimes resultantes de preconceito definidos pela Lei Caó estão impedir ou obstar o acesso de pessoa devidamente habilitada a exercer cargos na Administração Pública direta ou indireta; negar ou obstar emprego em empresa privada; recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial; recusar ou impedir ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau. A norma ainda prevê as penas a serem aplicadas em cada um dos crimes, as quais podem ser de até cinco anos de reclusão. Militante do Movimento Negro, Caó Oliveira faleceu em 4 de fevereiro de 2018, no Rio de Janeiro, aos 76 anos.

GOVERNO TERÁ QUE DIVULGAR LISTA DAS PESSOAS EM ESPERA POR PROGRAMAS HABITACIONAIS


Fonte:Alerj/ Edição: Adilson Gonçalves
O Governo do Estado terá que divulgar na internet a lista dos cidadãos que aguardam atendimento nos programas habitacionais. É o que define o projeto de lei 3.097/14, da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em redação final nesta quinta-feira (21/11). 
A medida será encaminhada ao governador Wilson Witzel, que terá até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.
O texto determina que a lista tenha a data da inscrição e o número da colocação de cada cidadão. O governo ainda deverá divulgar outras informações, como a relação das pessoas já atendidas, a data de início, a indicação do programa e os critérios para cadastro e atendimento.
Segundo a deputada, o objetivo é levar transparência para o processo. “Esse projeto é fruto de uma demanda da sociedade. Muitas pessoas se inscrevem em programas habitacionais, mas não conseguem ter acesso ao andamento do seu pedido. O objetivo da proposta é gerar uma fiscalização dos contemplados pelos programas habitacionais visando uma lista justa e igualitária para o acompanhamento de todos que necessitam com urgência de um teto”, afirma Rejane.

GOVERNO TERÁ QUE DIVULGAR LISTA DAS PESSOAS EM ESPERA POR PROGRAMAS HABITACIONAIS

Fonte:Alerj/ Edição: Adilson Gonçalves
O Governo do Estado terá que divulgar na internet a lista dos cidadãos que aguardam atendimento nos programas habitacionais. É o que define o projeto de lei 3.097/14, da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em redação final nesta quinta-feira (21/11). A medida será encaminhada ao governador Wilson Witzel, que terá até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.O texto determina que a lista tenha a data da inscrição e o número da colocação de cada cidadão. O governo ainda deverá divulgar outras informações, como a relação das pessoas já atendidas, a data de início, a indicação do programa e os critérios para cadastro e atendimento.
Segundo a deputada, o objetivo é levar transparência para o processo. “Esse projeto é fruto de uma demanda da sociedade. Muitas pessoas se inscrevem em programas habitacionais, mas não conseguem ter acesso ao andamento do seu pedido. O objetivo da proposta é gerar uma fiscalização dos contemplados pelos programas habitacionais visando uma lista justa e igualitária para o acompanhamento de todos que necessitam com urgência de um teto”, afirma Rejane

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PT ABRE REPRESENTAÇÃO CONTRA CORONEL TADEU NO CONSELHO DE ÉTICA DA CÂMARA

Fonte: Forum Edição: Adilson Gonçalves
O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou na tarde desta quarta-feira (20) uma representação contra o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em razão do episódio ocorrido na terça-feira quando o parlamentar decidiu quebrar um quadro com dados sobre o genocídio negro e uma charge do cartunista Latuff, que mostra um policial que teria atirado em um jovem negro.
Segundo o jornalista George Marques, o PT argumenta que houve quebra de decoro parlamentar e pede sanções cabíveis ao deputado, que também é coronel da Polícia Militar. A atitude de Tadeu foi repudiada por diversos colegas, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que considerou o episódio “muito triste”.
Oposicionistas, através da Liderança da Minoria, ainda pretendem acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) por crime de racismo.
Apesar das críticas, Tadeu afirmou que não se arrepende do ato e faria de novo. Nesta quarta ele ainda justificou o extermínio da juventude negra dizendo que os negros morrem mais em confronto com a polícia porque são maioria dentro do tráfico de drogas.
“O tráfico absorve uma boa parte das pessoas que moram nas comunidades, e a maioria dessas pessoas é de origem negra. Então, o resultado disso é que, em confronto com policiais, as que estão no tráfico acabam sendo vitimadas no confronto. E aí, se a maioria é negra, o resultado só pode ser esse”, declarou.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019, 75,4% dos mortos em intervenções policiais são negros, mas, para Tadeu, os policiais não podem ser criminalizados. “Desnecessária e inoportuna manifestação de desonra e generalização de ilegalidade na atuação dos policiais”, escreveu o deputado no pedido feito para que o quadro não retorne a exposição sobre o mês da Consciência Negra na Câmara.

PRIMEIRA DESEMBARGADORA NEGRA DO TJDF, MARIA IVATÔNIA TOMA POSSE DEFENDENDO BUSCA POR JUSTIÇA EM QUESTÕES RACIAIS



Fontes:Correio Brasiliense, Ascom TJDF
Fotos:Vinícius Cardoso Edição: Adilson Gonçalves 
Maria Ivatônia Barbosa dos Santos poderia ser um exemplo de que é possível vencer desafios para chegar longe na carreira sem se beneficiar de cotas. A primeira desembargadora negra do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) tornou-se magistrada e ascendeu sem qualquer política afirmativa. Aos 5 anos, “fugiu para a escola”, como gosta de dizer. Foi alfabetizada em dois meses, sempre se destacou como a aluna mais nova da turma e ostentava um boletim com notas excelentes. Aos 16 anos, prestou vestibular. Aos 21, formou-se em direito. Passou em primeiro lugar no concurso para delegada da Polícia Civil de Goiás. Quatro anos depois, em maio de 1993, ingressou na magistratura do Distrito Federal.

Hoje, aos 57 anos, é celebridade na cidade em que nasceu, Arraias, estado de Tocantins. Na última terça-feira, quando foi promovida a desembargadora, Maria Ivatônia entrou para o rol dos negros mais ilustres do planeta em cartaz produzido pelas crianças da escola onde estudou, ombreando com Nelson Mandela, Barack Obama, Bob Marley, Pelé e Zumbi dos Palmares. A singela homenagem foi exibida aos colegas com orgulho na primeira sessão da 5ª Turma Cível, da qual participou nesta quarta-feira (20/11) pela primeira vez depois de ser escolhida, por unanimidade, pelo Pleno do Tribunal de Justiça do DF para a vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Marco Antônio da Silva Lemos.
O Pleno do TJDFT, reunido em sessão extraordinária nesta terça-feira, 19/11, elegeu de forma unânime a juíza de direito substituta de 2º grau Maria Ivatônia Barbosa dos Santos para ocupar o cargo de desembargadora do TJDFT. A magistrada, primeira desembargadora negra do Tribunal, irá ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Marco Antonio da Silva Lemos, ocorrida no último dia 5/11, conforme a Portaria GPR 2132/2019. 
Natural de Arraias/TO, a ex-delegada da Polícia Civil de Goiás ingressou na magistratura do DF em 07/05/1993, como juíza de direito substituta. Em 02/02/1996, foi promovida a juíza de direito, e, em 15/4/2014, tomou posse no cargo de juíza de direito substituta de 2º grau.
Graduada em Direito pela Universidade Católica de Goiás – UCG, a magistrada é pós-graduada em Direito Constitucional Eleitoral pela Universidade de Brasília – UnB, em Direito Penal e Direito Administrativo pela Universidade Católica de Brasília e em Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Constitucional pela Universidade Católica de Goiás.
Como juíza substituta, atuou na 2ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais/DF. Foi titular da Auditoria Militar e da 2ª Vara Criminal de Taguatinga; diretora do Fórum de Taguatinga e do Fórum Desembargador José Júlio Leal Fagundes; e coordenadora da Central de Guarda de Objetos de Crime (CEGOC) - tendo sido condecorada com a Medalha do Mérito Policial Civil Juscelino Kubitschek de Oliveira pelos relevantes serviços prestados à frente da CEGOC; entre outras atividades. 
No Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, a magistrada ocupou os cargos de desembargadora eleitoral titular e substituta, bem como de Ouvidora, e foi condecorada com a medalha do Mérito Eleitoral do DF na classe jurista. Além disso, foi coordenadora da Revista da Escola da Magistratura do Distrito Federal.
Durante a sessão de hoje, o Presidente do TJDFT, desembargador Romão C. Oliveira, parabenizou a magistrada eleita por essa importante conquista. A 2ª Vice-Presidente, desembargadora Ana Maria Amarante Brito, também fez uso da palavra para lembrar que, além do critério de antiguidade pelo qual a juíza foi eleita, a magistrada tem todo o merecimento em ascender ao novo cargo, visto que sua trajetória muito dignifica a carreira da magistratura.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO É TEMA URGENTE PARA 46% DOS NEGROS BRASILEIROS


Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil/ Edição:Adilson Gonçalves
A inclusão no mercado de trabalho é o tema mais urgente para a população negra, segundo a pesquisa Consciência entre Urgências: Pautas e Potências da População Negra no Brasil, divulgada hoje (18) pelo Google Brasil. Na opinião de 46%, a colocação profissional é um dos assuntos prioritários para a vida das pessoas negras. O estudo foi realizado pela consultoria Mindset e pelo Instituto Datafolha e ouviu 1,2 mil pessoas pretas e pardas ao longo do último mês de outubro.

Racismo estrutural

O racismo estrutural - tema que apareceu como mais discutido na pesquisa - também é apontado como um dos mais urgentes para a população negra (44%). Em relação ao racismo que permeia as instituições públicas e privadas no Brasil, foram levantados temas como a representatividade na política e o apagamento da história dos negros nos currículos escolares e universitários.
Segundo o estudo, sete em cada dez negros não se sentem representados pelos governantes. Votar em candidatos negros é uma pauta importante para 61% da população negra, tendo mais apelo entre os menos favorecidos economicamente (73% entre as classes D e E) do que entre que estão melhor colocados socialmente – 47% nas classes A e B. Para 69%, as marcas comerciais tratam de forma superficial ou oportunista temas relacionados à negritude.


A inclusão no mercado de trabalho é o tema mais urgente para a população negra, segundo a pesquisa Consciência entre Urgências: Pautas e Potências da População Negra no Brasil, divulgada hoje (18) pelo Google Brasil. Na opinião de 46%, a colocação profissional é um dos assuntos prioritários para a vida das pessoas negras. O estudo foi realizado pela consultoria Mindset e pelo Instituto Datafolha e ouviu 1,2 mil pessoas pretas e pardas ao longo do último mês de outubro.
O feminismo negro foi apontado como tema urgente por 23% da população negra, seguido pelo genocídio dos negros (24%). O alto número de mortes violentas entre negros é uma preocupação maior para os maios jovens, chegando a 28% na faixa entre 16 e 34 anos de idade, mas caindo para 18% entre os com 60 anos ou mais.
O sentimento de urgência em relação ao genocídio é maior entre aqueles com ensino superior (30%) e menor para as pessoas que estudaram apenas até o ensino fundamental (14%). Relação inversa ocorre com o feminismo negro, apontado como urgente para 18% das pessoas que têm ensino superior e para 30% das que só têm ensino fundamental.
Em quinto lugar ficaram as políticas afirmativas, como cotas raciais, vistas como prioritárias para 19%. O sentimento de urgência para esse tipo de política é maior para os homens (23%) do que entre as mulheres (17%).

Ativistas

A pesquisa mostrou que metade da população negra se considera ativista pelos direitos dessa parcela da sociedade. Sendo que esse sentimento é maior entre os mais pobres, atingindo o patamar de 63% nas classes D e E, do que entre os com melhor situação financeira, ficando em 31% nas classes A e B.
Para 91% da população negra, o Dia da Consciência Negra – lembrado no dia 20 de novembro – é uma data importante para manter viva as histórias de heroísmo de negras e negros.


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

PRÊMIO PAULO FREIRE É ENTREGUE A 86 PROFISSIONAIS , AGRACIADOS PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA ALERJ


Fonte: Alerj/ Edição: Adilson Gonçalves
O Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficou lotado para a solenidade de premiação da 1ª edição do Prêmio Paulo Freire, que homenageou 86 profissionais da educação pública estadual. Concedido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a iniciativas pedagógicas inovadoras, o prêmio entregue na noite desta quinta-feira (14/11) contou com 145 inscritos de diferentes regiões do estado.
Elaine Morgado, professora da escola municipal Nossa Senhora de Pompeia, no Cachambi, zona norte da capital, foi uma das educadoras premiadas da noite. Se projeto “Samba no Pé da Criançada” foi um dos destaques na categoria Experiência Pedagógica no Ensino Fundamental. Para ela, o samba brasileiro está longe de ser apenas um ritmo musical, e sua influência cultural é de grande importância para o desenvolvimento da educação. “Sou grata em ver meu projeto ser premiado. Como docente, trabalho a riqueza cultural da música não apenas na criação das suas letras, mas também na expressão corporal que o estilo representa na formação do país”, explicou.
Outro homenageado foi o professor Felipe Garcia, da Escola Municipal Lincoln Bicalho Roque, em Curicica. Idealizador do projeto "Sala de Aula Virtual", Felipe comemorou o reconhecimento. "O projeto envolve alunos do sexto ano do ensino fundamental, e consiste num ambiente de aprendizagem virtual onde podemos realizar atividades, pesquisas, entrega de trabalhos. Os alunos ganharam em autonomia, protagonismo, coletividade, respeito, exemplo para as turmas mais novas", explicou.
Presidente da comissão, o deputado Flávio Serafini (Psol) destacou que um dos objetivos do prêmio é valorizar as ações de quem luta pela educação. “Nós precisamos pensar em iniciativas educacionais que fomentem a educação, que tragam o aluno para a escola, que melhore a qualidade e ajudem no avanço da escolarização das criança, jovens e adultos. Uma das formas de valorizar isso é reconhecer e o que esse prêmio faz é dar reconhecimento para as mais

diferentes iniciativas e modalidades escolares, onde desenvolve-se projetos de fortalecimento da educação no país”, argumentou o parlamentar.Os projetos inscritos foram categorizados em nove temas: projeto político-pedagógico; experiência com alunos do Ensino Fundamental; Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos; Ensino Médio, Pós-Médio, Técnico ou Profissionalizante; do Ensino Superior; do Ensino à Distância; de experiência pedagógica na área de Inovação, Ciência e Tecnologia; e de Experiência Pedagógica na Educação do Campo.
Importância de Paulo Freire
O Prêmio é também uma homenagem ao criador da “Pedagogia da Libertação”, referência mundial da área pedagógica e atual patrono da educação brasileira.Os deputados estaduais Eliomar Coelho (PSol) e Waldeck Carneiro (PT) destacaram a importância da figura de Paulo Freire na educação brasileira.
“Esse prêmio mostra o verdadeiro reconhecimento do papel da figura de Paulo Freire. Aplaudimos aqui a continuidade das ideias do homem que instalou no país uma filosofia de educação que liberta o povo brasileiro”, disse o deputado Eliomar.
“É duplamente simbólico. O ato de realizar essa solenidade nas dependências da UFRJ simboliza resistência e a homenagem a Paulo Freire é uma feliz ousadia, nos tempos que a educação é tão desvalorizada. Meus sinceros votos para que essa iniciativa se eternize no Parlamento”, pontuou o deputado Waldeck. A deputada Renata Souza (PSol) também participou da cerimônia.




Confira abaixo a lista dos vencedores e de suas respectivas categorias:


Projeto Político-Pedagógico

• - Antonio José de Oliveira (Futuro)
• - CIEP 113 - Professor Waldick Pereira
• - CIEP Brizolão 441 - Mané Garrincha
• - Escola Municipal Anisio Teixeira
• - Marcos Alessandro Monteiro de Oliveira
• - Marta Cristina Soares Dile Robalinho
• - Niuxa Drago (prof.orientadora - coordenadora principal - DHT/FAU/UFRJ), Priscilla Peixoto (prof.orientadora DHT/FAU/UFRJ), Sérgio Fagerlande (prof. orientador DPUR/FAU/UFRJ), Melissa Alves (monitora bolsista - aluna FAU/UFRJ), Anna Luiza Costa (aluna EBA/UFRJ), Beatriz Costa (aluna FAU/UFRJ), Camille da Fonseca (aluna FAU/UFRJ), Carolina Góes (aluna FAU/UFRJ), Danielle Melo (aluna FAU/UFRJ), Fernanda Motta (aluna FAU/UFRJ), Gabriel Oliveira (aluno FAU/UFRJ), Laryssa Gabrielle Chagas Gomes (aluna EBA/UFRJ), Lucas Libonati (aluno FAU/UFRJ), Natália Paiva (aluna FAU/UFRJ), Pablo Amaral (aluno FAU/UFRJ), Thamires Silva
(graduada FAU/UFRJ), Thiago Soares (aluno FAU/UFRJ), Tiffany Yarde (aluna FAU/UFRJ), Victória Sarmento (aluna FAU/UFRJ) e Yrvin Duarte (aluno FAU/UFRJ)


Experiência Pedagógica no Ensino Fundamental

• - CinEscola (Escola Municipal Adalgisa Nery)
• - Andressa Farias Vidal
• - Antonio José Carneiro Cardoso
• - Claudia Miriam Quelhas Paixao
• - Cláudio Adão Moraes Andrade
• - Cristiane Pereira Cerdera
• - Elaine Morgado
• - Escola Municipal São Tomás de Aquino
• - Fabiana Pinto Gomes Lima
• - Fernanda Paschoal
• - Islen dos Santos Barbosa
• - Kirce Corrêa Bermute
• - Marcela do Nascimento Padilha - UERJ
• - Maria Luiza Wilker da Silva Cortes
• - Marilyn Pires Merolla
• - Mirtes Marques Dos Santos Alves
• - Mytse Andrea Sales de Melo Nogueira
• - Renata Targino de Figueiredo
• - Rosiane Brandão Siqueira
• - Sandro Miranda de Rezende
• - Wander Pinto de Oliveira
• -Juberto de Oliveira Santos
• - Rafael Ferreira da Costa Leite
• - Bianca de Lima Maia
• - Andréa de Oliveira Fonseca e Rafaela Nichols Calvão (Escola Municipal Rivadávia Corrêa)
• - Ana Cláudia de Abreu Soares
• - Michele Moraes de Oliveira
• - Renato Batista da Conceição
• - Felipe Garcia de Souza

Experiência Pedagógica na Modalidade Educação Especial

• - Andre da Silva Cabral Correia
• - Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
• - Cristiana de Barcellos Passinato; Waldmir Nascimento de Araujo Neto e Rodrigo Volcan Almeida
• - Daniel José de Lima Filipe
• - Guilherme Moreira Dias
• - Mariana dos Reis Santos - Instituto Benjamin Constant
• - Sônia Mendes Ferreira - FAETEC
• - Celeste Tereza Correia Morgado
Experiência Pedagógica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos

• - Escrevendo a Liberdade - Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense
• - Pedro Mara - Seeduc RJ
• - Pré-encceja
• - Wellen Cristina de Oliveira Bhering
• - Ramona Halley Rosario de Souza
• - Ranulfo Cavalari Neto
Experiência Pedagógica no Ensino Médio, Pós-Médio, Técnico e/ou Profissionalizante

• - Amilcar Brum Barbosa - FAETEC de Bacaxá
• - Ana Ligia Matos de Almeida, Patrícia Camarço, Claudia Fabiana de Oliveira Cardoso
• - Ana Paula Barbalho dos Santos; Rejane Brandão Siqueira; Mirta Naira; Milene Abreu Azevedo; Reny dos Santos Gomes; Carmelita Vieira de Melo Freitas; Márcia Maria Costa; Elizabeth Maria Velosos de Novaes
• - André Luis Vilanova Ribeiro
• - Cláudia Regina Martins Magalhães do Nascimento
• - Denise Gomes da Silva Ribeiro
• - Dominique Guimarães de Souza
• - Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos
• - Escola Técnica Estadual República - Faetec Quintino
• - Fabiano Rapozo de Carvalho
• - João Paulo Cabrera
• - Jorge Mendes da Cruz
• - Juliana Berlim - Colégio Pedro II
• - Luiz Carlos R. de Sant'ana (Equipe: Antonio Cícero e Claudia Duche)
• - Robson Roberto Saise
• - Suraia El-Kaddoum Trajtenberg
• - Thiago Bastos Borges
• - José Mauro dos Santos
• - Gleiciane Rosa Vinote Rocha
Experiência Pedagógica no Ensino Superior

• - Carina Martins Costa - UERJ
• - Fernando de Araujo Penna - Centro de Artes da UFF
• - Cintia Barreto
• - Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro
• - Pâmella Santos dos Passos
• - Rachel Gouveia Passos
• - Teatro de Bonecos - Trio de Três (Aula espetáculo)
• - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
• - Valéria Pereira Silva - Museu Nacional/UFRJ
• - Vitor Manoel Rodrigues do Nascimento
• - Jaqueline Luzia da Silva (Faculdade de Educação/UERJ)
Experiência Pedagógica no Ensino à Distância

• - Keite Silva de Melo - FORPROTEC/ISERJ
Experiência Pedagógica e de Inovação na área de Ciência e Tecnologia

• - Ana Paula Cavadas Rodrigues
• - Raquel Elison Costa
• - William Amorim
• - Vinícius Flores Cardoso
Experiência Pedagógica na Educação do Campo

• - Michelle Pessanha Cabral


IVONE CAETANO,1ª DESEMBARGADORA NEGRA DO ESTADO, É AGRACIADA COM MEDALHA A ROSA NEGRA PELA AMAERJ


Fonte: Amaerj Edição: Adilson Gonçalves
Quarta de 11 filhos de dona Josefa, Ivone Ferreira Caetano trabalhou como vendedora de alho e manicure antes de se tornar a primeira juíza e desembargadora negra do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Ela foi a inspiração para a criação da Medalha Rosa Negra pela OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio de Janeiro) . A primeira cerimônia do prêmio ocorreu nesta quinta-feira (13), na véspera do dia em que a magistrada aposentada completa 75 anos.
“Nunca sonhei ser referência para uma medalha. É mais um acontecimento na minha vida que não sonhei e acho muito relevante não só para mim, mas para todo o segmento”, disse ela, antes da cerimônia.
Mais de 150 pessoas estiveram presentes. Entre eles, a desembargadora eleitoral do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) Glória Heloiza Lima e os desembargadores do TJ-RJ Antônio Izaías Abreu, Flávio Horta e Maria Aglaé Tedesco Vilardo.
Em discurso, o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, afirmou que “a advocacia enxerga na doutora Ivone Caetano a construção de um ideal, um símbolo para todas as meninas negras que todos os dias enfrentam preconceito e dificuldades do seu caminhar. É um símbolo de esperança, de que vocês vão romper barreiras e fronteiras de uma sociedade efetivamente racista. Você é um símbolo, e é nossa obrigação cuidar e fazer com que se propague o que você representa”.
Emocionada, Ivone Caetano fez breve discurso em que agradeceu a presença de todos e contou a origem de sua motivação. “Esta senhora não fez mais do que a obrigação. Primeiro, porque foi educada por uma mulher muito digna, semianalfabeta, que nos ensinou tudo o que sabemos. Foi esta mulher que me fortaleceu. Aceito os elogios e as palavras, mas nada é só meu. Tive apoio de duas famílias [parental e religiosa] e um apoio sem precedentes do meu marido”, destacou ela.
A magistrada aposentada entregou um Manifesto de Agradecimento ao presidente da OAB-RJ e ao presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz. A professora e historiadora Claudia Vitalino também recebeu o prêmio, representando as entidades que atuam pelo fortalecimento de candidaturas negras, pelo Quinto Constitucional da OAB, aos conselhos e tribunais.
Foram homenageados, ainda, Ana Tereza Basílio, vice-presidente da OAB-RJ; Rita Cortez, presidente do IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros); a Educafro, representada pelo juiz federal William Douglas; desembargador Gilberto Fernandes (homenagem póstuma), representado pela viúva, Maria José Alves Fernandes, e parentes; a advogada Flávia Ribeiro; o candomblecista Tata Décio de Suanã; e a juíza do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) Mylene Pereira Ramos. A medalha foi entregue previamente a Humberto Adami, presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra do Brasil do Conselho Federal da OAB.
Rosa Negra
Originalmente, a Comenda das Rosas Negras foi criada em 2005 pelo FEMN-RJ (Fórum Estadual de Mulheres Negras). A premiação tinha como objetivo homenagear quem atua no enfrentamento ao racismo.
Em 5 de setembro deste ano, o Conselho Pleno da OAB-RJ aprovou a incorporação da Medalha de Honra Des. Ivone Ferreira Caetano, que recebeu a alcunha de Rosa Negra. Até oito pessoas serão premiadas por ano, em cerimônias realizadas em agosto, Mês da Advocacia. Os premiados serão advogados, lideranças da sociedade civil e autoridades públicas que se destacam na condução de importantes trabalhos em garantia de direitos civis fundamentais para a população negra e minorias.
As 11 pétalas da rosa representam os coletivos que apoiaram a criação da comenda: Cedine (Conselho Estadual do Direito do Negro); Fórum Estadual de Mulheres Negras; Unegro Nacional (União de Negros pela Igualdade); CEN (Coletivo de Entidades Negras); Criola (organização de defesa e promoção dos direitos das mulheres negras); ABMCJ-RJ (Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica); Amazoeste-RJ (Associação das Mulheres Advogadas da Zona Oeste do Rio de Janeiro); Cenarab (Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileira); Conen (Coordenação Nacional de Entidade Negras); Educafro-RJ (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes); e Cetrab (Centro de Tradições Afro-brasileiras).