sexta-feira, 11 de outubro de 2019

OUTUBRO ROSA: COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER DA ALERJ PROMOVE CURSO DE PREVENÇÃO CONTRA O CÂNCER DE MAMA


Fonte: Alerj Edição:Adilson Gonçalves
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), presidida pela deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB), realizou nesta quinta-feira (10/10), no auditório da Escola do Legislativo (Elerj), o curso ‘Prevenção e Controle de Câncer de Mama e do Colo Uterino´, ministrado pela professora e enfermeira obstetra Marília Pereira Queirós.
A palestra, promovida pelo Capacita Mulher da Elerj, foi destinada a alunas de enfermagem e funcionárias da Casa, e destacou a importância de levar o conhecimento da prevenção ao máximo de pessoas possíveis, pois existem regiões no Estado do Rio em que o acesso a exames de mamografia é escasso. Marília Queirós enfatizou a relevância do exame preventivo.
“Falar da campanha do Outubro Rosa é de suma importância, já que o câncer de mama é a doença que causa mais mortes de mulheres no Brasil. Reforçar o cuidado com a saúde é sempre a melhor forma de prevenir o câncer”, explicou a professora Marília.
A palestrante também reiterou a importância de manter uma vida física e mental saudável. “Além da realização dos exames médicos e do autoexame, a mulher deve procurar manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, pois interfere diretamente na saúde do seu corpo”, salientou.
Já a deputada Enfermeira Rejane pontuou a importância do projeto. "O Capacita Mulher, edição especial do Outubro Rosa, é fundamental para luta em favor da saúde da mulher. Quanto mais abraçarmos a luta contra o câncer de mama, mais atenção teremos das autoridades”, disse a parlamentar.
A estudante de direito, Juliana Rodrigues, de 21 anos, relatou que sempre teve dúvidas a respeito da saúde da mulher. “Mesmo com o acesso à informação, nem sempre conseguimos entender ao certo o que se pode ou não fazer. O câncer de mama e de colo uterino, infelizmente, ainda mata muitas mulheres e nós não podemos ficar de braços cruzados. A palestra abriu meus olhos quanto a alguns cuidados básicos com a saúde”, contou.


COMISSÃO DE CULTURA DA ALERJ INDICARÁ SEUS PRÓPRIOS REPRESENTANTES AO CONSELHO DE POLÍTICA CULTURAL


Fonte: Alerj Edição:Adilson Gonçalves
A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) poderá ser responsável por indicar seus próprios representantes ao Conselho Estadual de Política Cultural. É o que determina o projeto de lei 1.163/19, que a Alerj aprovou nesta quinta-feira (10/10) em discussão única. A medida altera a Lei 7.035/15, que criou o Conselho Cultural no Estado do Rio. Por ter recebido emendas, o projeto ainda precisa ser votado em redação final.
Atualmente, a legislação abre precedente para que todas as indicações sejam realizadas pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). A proposta, no entanto, não altera a composição do conselho, que continuará a ter 32 membros titulares e 32 suplentes. Desse total, metade são integrantes de órgãos públicos, como o Poder Executivo estadual, as prefeituras municipais e as instituições acadêmicas e de relevância cultural, que deverão ser indicados pela Secretaria de Estado de Cultura; além de representantes da Alerj que serão indicados pela Comissão de Cultura da Casa. A outra metade é composta de 16 integrantes titulares e 16 suplentes que representarão a sociedade civil, eleitos nas Conferências Regionais de Cultura e nos Fóruns Específicos dos Segmentos.
Os membros também continuam a ter mandato de dois anos, sendo permitida recondução de metade dos conselheiros por igual período. A presidência do conselho é escolhida democraticamente pelo colegiado, sendo exercida alternadamente entre integrantes do poder público e da sociedade civil. Entre as atribuições e competências do conselho estão a fiscalização da execução de ações e metas para a cultura estadual; a realização de encontros e fóruns semanais e a avaliação de propostas de reformulação dos marcos legais da cultura.
O projeto é de autoria dos deputados Eliomar Coelho (PSol), André Ceciliano (PT), Luiz Paulo (PSDB), Carlos Minc (PSB), Dani Monteiro (PSol), Renan Ferreirinha (PSB) e Waldeck Carneiro (PT). Segundo os autores da norma, a legislação atual abre margem para a prática de arbitrariedade por parte do Poder Executivo estadual que pode indicar os membros do Conselho Estadual de Política Cultural sem considerar os demais poderes.


PRESIDENTE DA ALERJ É HOMENAGEADO NO EVENTO COMEMORATIVO AOS 20 ANOS DO GRUPO CORPO EM MOVIMENTO

Foto: Thiago Lontra
| Texto: Buanna Rosa 
Edição:Adilson Gonçalves
O presidente da Assembleia Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), foi homenageado na noite desta quinta-feira (10/10) pelo grupo de dança inclusiva Corpo em Movimento, criado pela Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef). A condecoração foi feita durante apresentação da companhia em comemoração aos 20 anos de história do grupo. O prêmio foi entregue no Teatro Municipal do Niterói, localizado no centro da cidade e contou também com a presença do deputado federal Pedro Paulo (MDB-RJ), da ex-deputada estadual Tânia Rodrigues e do coreógrafo Carlinhos de Jesus.
“Foi linda e emocionante a apresentação. O que esses bailarinos fazem no palco é de arrepiar. Fico muito feliz em receber essa homenagem e saber que o Parlamento Fluminense apoia um projeto tão importante como esse”, afirmou o presidente da Casa. O deputado também lembrou que a Alerj tem um convênio com a Andef, desde 1996, que garante trabalho, atualmente, para mais de 100 profissionais da instituição no Parlamento. “A Andef é um exemplo não só para Niterói, mas para todo o estado do Rio”, acrescentou o parlamentar.
Para a Camila Rodrigues, fundadora e coreógrafa do grupo, o trabalho dos 15 bailarinos que compõem a equipe é mais do que se movimentar no palco, é um protesto pela garantia de direitos. “Somos um grupo que quebra paradigmas e preconceito de forma plástica, mostrando toda potencialidade das pessoas com deficiência. Sete dos nossos bailarinos possuem algum tipo de deficiência e oito não têm, mas todos vestem a camisa da associação e lutam pelo mesmo objetivo, que é a inclusão social, e isso é o que nos move ”, contou Camila.
A coreógrafa também lembrou que essa luta já atravessou oceanos. Ao longo desses anos a companhia já representou o Brasil em grandes eventos e em países como Inglaterra, Turquia e Austrália. “Tivemos a honra de participar do encerramento da paraolimpíada de Sidney, em 2000, e subir no mesmo palco que Rihanna e Coldplay. Foi emocionante! Levar a nossa arte e, principalmente, a dança inclusiva para tantas pessoas é um privilégio e um prazer sem igual”, concluiu Camila. A equipe também dançou no encerramento da Copa das Confederações no Maracanã.e participou da abertura e do encerramento das Paralimpíadas.
Há 14 anos na companhia, Luiz Henrique Gomes, de 42 anos, foi um dos dançarinos que embarcaram com o grupo para Londres e mostrou para os ingleses que é possível dançar por horas em uma cadeira de rodas. Depois de sofrer um acidente de moto e ficar paraplégico o carioca encontrou na dança uma nova perspectiva de vida. “Eu tinha na minha cabeça que a cadeira seria um limitador para mim, mas eu estava errado. A companhia levantou a minha estima. Só na apresentação de hoje eu fui bailarino em 12 coreografias”, comemorou Luiz Henrique.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

APÓS SER VITIMA DE RACISMO, ESTUDANTE CRIA SITE PARA MAPEAR A DISCRIMINAÇÃO NO BRASIL

Fonte: Razões Para Acreditar Edição Adilson Gonçalves
estudante de Sistemas de Informação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Nathan Neves, 20 anos, sofreu há um tempo um triste incidente num restaurante do Rio.
Enquanto sua família celebrava o aniversário de seu pai, ele e os convidados foram alvos de comentários racistas. Pensando em como denunciar casos como este e de onde procurar ajuda, ele, juntamente com o seu amigo Breno Fróes, também de 20 anos e estudante de Sistemas de Informação, criaram o site Radar Do Preconceito. O Radar funciona como um portal de relatos de diferentes tipos de preconceito e discriminação. Todos as mensagens são anônimas e transformadas em estatísticas, resultando num mapa de calor que mostra quais pontos do país existem mais casos de algum preconceito. Que ideia incrível! “A plataforma também funciona como um agregador de profissionais que queiram prestar serviços gratuitos às vítimas como psicólogos e advogados. Basta apenas que o profissional se cadastre na plataforma. Conectamos esses profissionais às vítimas”, explicou o estudante.

Ele explicou que a falta de reais estatísticas também foi um dos motivos da criação do site.
“Por exemplo, a transfobia, não tem estatísticas reais do governo. No caso do racismo, muitas pessoas deixam de denunciar por não ter provas, e isso acontece também com intolerância religiosa, xenofobia, existe um buraco”, disse Nathan.

Apoie o Radar do Preconceito!

O processo de desenvolvimento do site foi focado primeiramente nas funcionalidades principais da plataforma como: a postagem e visualização das denúncias, mapeamento das ocorrências e cadastro de profissionais e moderadores. Logo após isso, a criação da identidade visual.
Um detalhe importante: todas essas etapas foram realizadas através de encontros onlines por ligações e sessões independentes e todas as participações foram voluntárias!
O site está no ar desde fevereiro deste ano, porém, com a falta de divulgação, ele pensou seriamente em desistir deste incrível projeto.

HÓSPEDE DE HOTEL DE LUXO, PROFESSOR É CONFUNDIDO COM LADRÃO E AGREDIDO POR OUTRO HÓSPEDE, EM SÃO PAULO


Fonte Catraca Livre Edição: Adilson Gonçalves
Um professor de educação física registrou boletim de ocorrência por racismo após ter sido agredido por outro hóspede de um hotel de luxo, na Vila Olímpia, na Zona Oeste de São Paulo. A vítima foi surpreendida com dois chutes na madrugada deste domingo, 6. As informações foram obtidas pela GloboNews.
Luiz Heleno Bento relatou à polícia que estava no hall do hotel quando foi abordado por um homem branco que disse: “O que foi? O que está acontecendo?”. Em seguida, ele o acertou com os chutes na altura do tórax.
Luiz ainda contou que após a agressão, o homem branco entrou no hotel e voltou para se desculpar. “Ô, negão, me desculpe, mas eu te confundi com um ladrão que tentou me assaltar antes”, teria dito o homem à vítima.
O agressor disse que estava hospedado no hotel, mas momentos antes sofreu uma tentativa de roubo na rua. Quando chegou ao hotel, viu Heleno e por achá-lo parecido com quem tentou lhe roubar resolveu dar os chutes. Ao ser informado que Luiz não era o ladrão, mas sim outro hóspede, foi pedir desculpas.
Com razão, o professor não aceitou essas explicações e disse que resolveria a situação na delegacia. O caso foi registrado no 27 º DP como injúria racial. Não há informações se o agressor foi preso.
“A agressão maior para mim foi ele ter falado ‘pensei que você fosse ladrão’. Ou seja, não vale de nada você ter estudo, você ser bom, você é negro você é pré-julgado. Você sofre agressão, preconceito. E ainda tem gente que diz que isso não existe mais”, disse o professor à GloboNews.
O hotel Grand Mercure Vila Olímpia afirmou por meio de nota que a agressão ocorreu fora das dependências do empreendimento, e que o atendimento necessário foi prestado. Disse ainda que que é contra qualquer tipo de discriminação e que está à disposição das autoridades.


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

COMISSÃO ESPECIAL DA ALERJ PEDE AO IBGE CENSO SOBRE POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Fonte: Alerj Edição Adilson Gonçalves
Em audiência pública nesta quarta-feira (09/10), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Danniel Librelon (PRB) defendeu que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elabore, a curto prazo, um levantamento sobre o número de moradores em situação de rua no estado. O parlamentar, que preside a Comissão Especial da Alerj, criada para discutir e analisar o problema crescente desta população e traçar uma radiografia atualizada, explicou que os dados serão fundamentais para uma ação mais eficaz junto a essas pessoas.
“A intenção da comissão é trabalhar para unificarmos o atendimento entre os municípios e o estado. E apesar dos dados imprecisos sabemos que é necessário ter mais abrigos e reformar os que já existem. Se nada for feito até 2026 o número de pessoas em situação de rua irá triplicar”, enfatizou o deputado.
A subsecretária municipal de assistência social e direitos humanos, Danielle Murtha, também destacou a necessidade de um levantamento. “Já propusemos ao nosso secretário que haja um censo que deveria se feito a cada dois anos. Por conta da crise financeira, do desemprego, e por causa do uso de drogas e álcool, aumentou o número de moradores de rua. Por mês atendemos 15 mil pela secretaria”, destacou Daniele, acrescentando que a maioria dos moradores em situação de rua são homens entre 30 e 59 anos. “As mulheres precisam de mais atenção porque, além de fragilizadas psicologicamente, sofrem vários tipos de violência nas ruas, inclusive sexual. E hoje se todos procurarem por abrigos nós não teremos vaga, essa é a verdade”, afirmou.
Superintendente em Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, o
psiquiatra Hugo Fagundes contou que em média são feitos 20 mil atendimentos por ano nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). “Boa parte dos atendimentos são para pessoas com transtornos mentais e usuários de drogas e álcool. São muitos homens adultos, de baixa escolaridade”, disse o médico.
Para Thiago Lopes, coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Queimados, na Baixada Fluminense, os usuários de drogas merecem uma atenção cada vez mais especializada. “Essas pessoas procuram atendimento, mas os casos são muito complexos. Muitas vezes a dependência química começa nas ruas. É um ciclo que chega com a crise financeira e o desemprego. O homem acaba indo morar na rua e para se livrar da fome começa a beber e a se viciar em drogas ilícitas”, explicou.
Também participaram da audiência o deputado Márcio Gualberto (PSL) e Julia Horta, do Conselho Regional de Psicologia.

SOCIOLOGIA DO NEGRO BRASILEIRO ANALISA OS PROBLEMAS DOS NEGROS E QUESTÕES ESTRUTURAIS DA SOCIEDADE

Fonte: Publishnews Edição: Adilson Gonçalves
Sociologia do negro brasileiro (Perspectiva, 320 pp, R$ 59,90), de Clóvis Moura, é um livro-síntese ao iluminar o vínculo íntimo entre o problema dos negros e as questões estruturais da nossa sociedade. Na obra, Clóvis investe contra um pensamento social subordinado ou submisso, estereotipado, puro reflexo da estrutura social brasileira, revelando, dessa maneira, a ideologia do autoritarismo a que esse pensamento serve – pois racismo e visão autoritária de mundo são as duas faces dessa moeda. Para além de uma sempre discutível imparcialidade científica ou de um puro racismo racionalizado, Clóvis Moura realiza uma crítica radical em uma obra de permanente atualidade. A obra faz parte da coleção Palavras Negras, que reúne textos de intelectuais negros e negras, produzidos em diferentes contextos, como o acadêmico e o dos movimentos sociais.

EDITORA GAÚCHA ATUA COM SISTEMA DE COTAS REVERSO: A CADA CINCO AUTORES NEGROS PUBLICADOS, A OBRA DE UM ESCRITOR BRANCO É LANÇADA

   Fonte: Publishnews Edição:Adilson Gonçalves

Criada no começo do ano passado pela jornalista Fernanda Bastos e pelo professor Luiz Maurício Azevedo, a Figura de Linguagem é uma editora independente, com sede em Porto Alegre (RS), idealizada e dirigida por pessoas negras. 
   A editora tem como vocação a publicação de obras das áreas de comunicação, literatura, filosofia, sociologia, crítica literária, psicanálise e teatro. Uma das características da casa é a preocupação com a diversidade e, por isso, ela decidiu implantar uma política interna de cotas para pessoas brancas.        “Estabelecemos uma política interna de ação afirmativa para grupos de autores que eventualmente não se sintam contemplados com a identidade cultural da Figura de Linguagem.
   A cada cinco autores negros publicados, a editora vai viabilizar a edição de uma obra produzida por um autor autodeclarado branco, heterossexual, com renda familiar superior a 40 salários mínimos”, explica Luiz Maurício Azevedo, editor-executivo da casa. “A ideia é priorizar que pessoas negras e mulheres especialmente tenham espaço, já que o mercado editorial ainda carece de representatividade diversa”, comenta a editora-geral, Fernanda Bastos. 
   As primeiras obras da casa, Dessa Cor (60 pp, R$ 30) e Pequeno Espólio do Mal (70 pp, R$ 40), de autoria dos sócios, foram lançadas este mês. Interessados em submeter originais podem escrever para editorafiguradelinguagem@gmail.com.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

ATRIZ LUPITA NYONG'O DE 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO E PANTERA NEGRA LANÇA LIVRO INFANTIL E NELE AFIRMA QUE PELE MAIS CLARA ATENUA O RACISMO


Fonte: Uol Edição: Adilson Gonçalves
A premiada atriz Lupita Nyong'o está prestes a lançar um livro voltado para o público infantil, "Sulwe", que conta a história de uma menina que tem a pele mais escura que a de outras pessoas em sua família.
Vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por sua atuação em "12 Anos de Escravidão" (2013), Lupita nasceu no México e foi criada no Quênia. Mais tarde, mudou-se para os Estados Unidos. Em entrevista à "BBC Newsnight", ela disse que foi vítima de colorismo na infância, quando "desejava ter pele diferente".
Para a atriz, o colorismo "é filho do racismo", em "um mundo que recompensa pessoas de pele mais clara sobre as de cor mais escura". Colorismo é o preconceito contra pessoas com tom de pele mais escuro ou o tratamento preferencial aos que têm pele mais clara. "Eu definitivamente cresci sentindo-me desconfortável com a minha cor de pele, porque eu sentia como se o mundo ao meu redor premiasse a pele mais clara", ela afirmou. Lupita contou que sua irmã mais nova, que tem a pele mais clara que a dela, era chamada de "bonita" e "linda". "Conscientemente, aquilo se traduzia em: 'Eu não valho a pena'." A atriz argumenta que o colorismo era "muito ligado ao racismo",

Colorismo é o preconceito contra pessoas com tom de pele mais escuro ou o tratamento preferencial aos que têm pele mais clara. "Eu definitivamente cresci sentindo-me desconfortável com a minha cor de pele, porque eu sentia como se o mundo ao meu redor premiasse a pele mais clara", ela afirmou. Lupita contou que sua irmã mais nova, que tem a pele mais clara que a dela, era chamada de "bonita" e "linda". "Conscientemente, aquilo se traduzia em: 'Eu não valho a pena'." A atriz argumenta que o colorismo era "muito ligado ao racismo", embora ela o tenha experimentado em uma sociedade predominantemente negra como a do Quênia. "Nós ainda nos referimos a essas noções de padrões
eurocêntricos de beleza, que depois afetam como nós nos vemos entre nós mesmos". A atriz chegou a ouvir em um teste que era "escura demais" para um trabalho em televisão. Lupita diz que a relação com sua pele tem sido separada da relação com sua raça. "Raça é uma construção muito social, que eu não tinha que atribuir ao meu crescimento diário. Por mais que eu estivesse passando pelo colorismo no Quênia, eu não tinha conhecimento de que eu pertencia a uma raça chamada negra." Isso mudou, ela diz, quando se mudou para os Estados Unidos, "porque, de repente, a palavra negra estava sendo atribuída a mim e isso representava certas coisas às quais eu não estava habituada". Lupita diz que a relação com sua pele tem sido separada da relação com sua raça.
"Raça é uma construção muito social, que eu não tinha que atribuir ao meu crescimento diário. Por mais que eu estivesse passando pelo colorismo no Quênia, eu não tinha conhecimento de que eu pertencia a uma raça chamada negra." Isso mudou, ela diz, quando se mudou para os Estados Unidos, "porque, de repente, a palavra negra estava sendo atribuída a mim e isso representava certas coisas às quais eu não estava habituada". Lupita interpretou o papel de Nakia no filme "Pantera Negra", da Marvel, que arrecadou mais de 1 bilhão de dólares em cinemas de todo o mundo. Questionada se o sucesso do filme pode ter muda se o sucesso do filme pode ter mudado a experiência de escalar atores negros, a artista respondeu: "Eu acho que o tempo vai dizer se essa foi aquela mudança essencial. Definitivamente, é assim que isso parece

AFINAL, SOMOS OU NÃO SOMOS UM PAIS RACISTA ?, INDAGA SECRETÁRIO DE CULTURA DE PORTO ALEGRE

Fonte: Zero Hora Edição Adilson Gonçalves
Gota d´Água Preta, espetáculo há pouco apresentado entre nós, colocou o preconceito racial como característica constitutiva do Brasil. Debaixo do tapete ou escancarado, rompantes racistas fustigam permanentemente a consciência nacional. Em um país onde jogadores de futebol são chamados de "macacos" em plena luz do dia, cabe a pergunta: afinal, somos ou não um país racista?
Anos atrás, Jessé Oliveira comentava a dificuldade de patrocínio para seu Hamlet Sincrético. Ter um grupo constituído por atores negros era, segundo ele, causa e consequência da situação humilhante. Sem negar sua afirmação, argumentei que "no teatro somos todos negros", enfatizando dificuldades comuns aos artistas cênicos, independente da cor. De lá para cá, piorou.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, enfrenta hoje acusações pesadas de racismo. Contra ele: fotos de 2001, onde mostra o rosto maquiado com tinta preta, quando, em uma festa, se fantasiou de Aladim. Surpreendente, a afirmação de que "o negro é indolente e sonhador e gasta seu dinheiro com frivolidades e bebida" coloca em um ícone revolucionário a mesma pecha. A frase, acredite se quiser, é de Che Guevara. Líderes de direita e revolucionários de esquerda. Inconfundíveis sinais de racismo.
O preconceito pode chegar disfarçado das melhores intenções. O barulho de ativistas cariocas afastou Fabiana Cozza do papel de dona Ivone Lara em musical sobre a compositora. Diziam que sua pele não era suficientemente escura para interpretar a personagem. Argumento tão absurdo como o que defende que personagens transexuais só podem ser feitos por atores trans. Sabemos: o outro nome da intolerância é burrice.
Ignorância não se combate com ignorância. Atitudes racistas, ou homofóbicas ou misóginas, devem ser respondidas lembrando o exemplo dos incontáveis Garrinchas, Montenegros, Buarques e Aleijadinhos deste país controverso.
Nossos artistas, alguns sordidamente atacados, apontam o Brasil solidário e inclusivo que queremos. E é com esses que eu vou.


RACISMO INSTITUCIONAL DOS PARTIDOS IMPEDEM CANDIDATURAS NEGRAS, ACUSA VEREADOR DA BAHIA

Fonte: Bahia Noticias Edição: Adilson Gonçalves
O vereador de Salvador, Sílvio Humberto (PSB), condenou, nesta terça-feira (8), o "racismo institucional" dos partidos que, segundo ele, impede o lançamento de candidaturas negras. Também criticou a proposta da deputada federal Dayane Pimentel (PSL) que acaba com as cotas raciais nas universidades ao dizer que tem "caráter racista" 

"Nesse desgoverno de destruição da educação temos efeitos preocupantes. Até uma deputada da Bahia quis tirar recorte racial, isso mostra o caráter racista", afirmou, em entrevista ao programa "Isso é Bahia", na rádio A Tarde 103,9 FM, com Fernando Duarte e Jefferson Beltrão. O socialista, no entanto, não citou nominalmente Dayane Pimentel.

O vereador do PSB disse também que o "racismo institucional" nas agremiações partidárias é uma barreira para os negros. "Só tem racismo institucional quando você começa a questionar a cultura das organizações. Quando você chega e pergunta 'cadê as pessoas negras?'. Tem uma regra invisível que impede essas pessoas chegaram [ao poder]", pontuou.

Sílvio Humberto afirmou que Bellintani é "bem-vindo" ao PSB, mas o vereador fez questão de ressaltar que também é pré-candidato a prefeito de Salvador. "Tenho colocado meu nome porque tem necessidade de assumirmos esse protagonismo. Não é contra ninguém. É preciso dar salto civilizatório, que passa por mudança de cor no poder", pontuou.