quarta-feira, 13 de novembro de 2019

PELA 1ª VEZ, PRETOS E PARDOS SÃO MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO DA REDE PUBLICA, DIZ IBGE


FONTE: G1  EDIÇÃO: ADILSON GONÇALVES
Pela primeira vez, os estudantes negros (pretos ou pardos) passaram em 2018 a ser maioria dos inscritos nas instituições de ensino superior da rede pública do País - 50,3%. O dado consta do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A marca foi atingida a despeito das menores taxas de conclusão do ensino médio e de ingresso no ensino superior registradas entre negros.

"Aumentou a autodeclaração de pretos ou pardos entre jovens", justificou Luanda Botelho, analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

Entretanto, os negros seguiam sub-representados no ensino superior público, porque são maioria na população (55,9%). A informação respalda a existência das medidas que ampliam e democratizam o acesso à rede pública de ensino superior, observou o IBGE.

O instituto menciona a institucionalização do sistema de cotas na rede pública, que reserva vagas a candidatos de alguns grupos populacionais, entre outras medidas adotadas a partir dos anos 2000 com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior.

Rede privada
Os pretos e pardos ainda permaneceram minoria nos cursos de ensino superior na rede privada de ensino em 2018. Eram 46,6% do total.

PRIMEIRA TURMA MAJORITARIAMENTE NEGRA NO CURSO SUPERIOR COLA GRAU EM MEDICINA NO RECÔNCAVO BAIANO

Fonte: Correio do Reconcavo Edição: Adilson Gonçalves
Na sexta-feira, dia 8, foi realizada a solenidade de colação de grau da primeira turma do curso de Medicina da UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. O evento aconteceu no espaço Villa Music, em Santo Antônio de Jesus – cidade que abriga o Centro de Ciências da Saúde da UFRB. Com a maior parte dos alunos autodeclarados negros, a turma ganhou repercussão nas redes sociais como a primeira turma majoritariamente negra na história do ensino superior brasileiro.
Em 2013 a turma que ingressou era formada em sua maioria por alunas do sexo feminino (76,7%); 86% eram naturais do estado da Bahia; 66% haviam cursado o ensino médio em escola pública; 40% declararam ser negros e 53,3% informaram renda familiar entre um e dois salários mínimos.
Na época, militante pela implantação do Centro de Ciências da Saúde em Santo Antônio de Jesus, o ex-prefeito Euvaldo Rosa  acompanhou a cerimônia emocionado. Euvaldo foi responsável pela articulação com o poder público federal, chegando a ir à Brasília por diversas vezes. Como curiosidade, entre os formandos estava Ronaldo Júnior, primeiro bebê de proveta do estado da Bahia.
Durante a solenidade os alunos utilizaram faixas e cartazes que reafirmavam a presença do povo negro e pobre nas universidades, agradecendo à Lula – presidente na época da implementação da UFRB. O santoantoniense Ronaldo Júnior, primeiro bebê de proveta do estado da Bahia, também está entre os formandos.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

PORTA VOZ DO MBL DE MINAS GERAIS É DETIDO PELA POLÍCIA, ACUSADO DE CHUTAR E CHAMAR DE CRIOULA COZINHEIRA DE RESTAURANTE

Fonte: Correio de Minas Edição: Adilson Gonçalves
O administrador Thiago Dayrell, de 24 anos, foi autuado em flagrante pelos crimes de injúria e vias de fato, suspeito de chutar e chamar de "crioula" a cozinheira Eliana da Silva, de 43 anos. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o caso de injúria e agressão teria ocorrido às 23h44 de sábado (9/11), no restaurante Takos Mexican Bar, na Savassi, Região Centro-sul de Belo Horizonte. O jovem se apresenta nas redes sociais como porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL) e "amante da boa política". 

Os policiais foram acionados pelo gerente do estabelecimento depois que Thiago teria agredido a cozinheira. Segundo a versão de testemunhas, Thiago chegou ao bar "gritando", quando foi abordado pelo gerente, que pediu para que ele baixasse o tom de voz. O gerente contou à polícia que o jovem jogou o cartão de crédito na operadora de caixa e disse "cobra essa porra logo". Nesse momento, Eliane teria tentado apaziguar a situação, pedindo calma. Foi quando Thiago teria dito "não coloca a mão em mim sua crioula". 

De acordo com a ocorrência, Thiago chamou o gerente para a briga e teria tentado agredi-lo. Diante da confusão, Eliana tentou separar os dois. Neste momento, ela teria sido agarrada pelo pescoço por Thiago, que a chutou na coxa direita. Foi necessária a interferência de populares para apartar a briga. Thiago estava no bar com a namorada, de 22 anos. 
O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes 2 (Ceflan 2), onde foi autuado em flagrante pelos crimes de injúria e vias de fato, conforme informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais. Thiago pagou fiança no valor de R$ 1 mil e foi liberado. No domingo, foi registrado outro caso de injúria racial, quando um torcedor do Clube Atlético Mineiro cuspiu no segurança Fábio Coutinho e disse "olha sua cor". Segurança chorou ao lembrar a injúria racial.  

Versão de Thiago dada à polícia

Thiago disse aos policiais militares que entrou no restaurante, pediu uma cerveja e uma refeição, sendo informado que o pedido levaria 10 minutos. Como demorou, ele questionou quanto tempo demoraria para sair o pedido e recebeu a resposta de que seria  mais de 20 minutos. Diante do informado, pediu ao garçom para fechar a conta e dirigiu-se até o caixa para fazer o pagamento da cerveja que havia tomado.

Ele teria reclamado do atendimento quando o garçom teria dito "vai se fuder seu merda". Ele alega que um dos garçons o puxou pelo braço, expulsando-o do estabelecimento. Também afirma que foi empurrado e que o garçou jogou a cadeira contra ele, quando a namorada interveio.  A reportagem entrou em contato com Thiago Dayrell, que ainda não retornou.  

Posição Tako Mexican Bar

Em nota, o Takos Mexican Bar informou que "repudia toda e qualquer forma de preconceito, como o racismo, além de desrespeito ou violência". Disse que "a empresa esclarece, ainda, que está aguardando a apuração da polícia sobre o caso e está colaborando com as infomações necessárias" . 

JUIZ ALFABETIZADO EM ESCOLA RURAL TRABALHA POR REPRESENTATIVIDADE DOS NEGROS NO JUDICIÁRIO


Fonte Correio Brasiliense Edição: Adilson Gonçalves

O caminho para sair de Chapadão do Sul, cidade de 15 mil habitantes no estado de Mato Grosso do Sul, até se tornar advogado, mestre, doutorando e juiz titular da Vara Criminal e do Tribunal do Júri do Distrito Federal não foi fácil. Fábio Esteves, 39 anos, é filho de um peão de fazenda e de uma empregada doméstica. Criado sem quase nenhum acesso a serviços básicos, na década de 1980, o pai, analfabeto, insistiu para a prefeitura levar educação às crianças da zona rural. Foi na escola de tábua, pintada de marrom e localizada às margens de uma estrada vicinal, que Esteves deu o primeiro passo rumo à magistratura agarrado à dedicação e humildade.

Sentado em uma cadeira branca e acolchoada no 10º andar do anexo B do Palácio da Justiça, o juiz conta que teve uma infância típica do Brasil rural. Feliz, mas laboriosa. A escola construída por insistência do seu pai ficava a 23 quilômetros de distância de casa, o que obrigou Fábio e os dois irmãos mais novos a morarem na escola.

Ele tinha apenas 10 anos na época, mas acordava cedo para limpar o local e era cuidado pela professora, que era responsável por ensinar todos os alunos de quatro séries diferentes. "Foi assim que não faltei um dia sequer de aula. Muita gente olhava para a minha família como se a gente não fosse dar certo. Éramos, de certa maneira, a representação de uma estatística de pessoas que, infelizmente, têm um destino trágico", lembra.
Aos 15 anos, lembra que "teve a sorte" de ingressar em um programa assistencial do Banco do Brasil chamado Menor Carente, onde experimentou, pela primeira vez com mais percepção, o peso do racismo institucional. Trabalhava com outros dois adolescentes, também bons colaboradores, mas sempre sentiu que precisava fazer o dobro para ser considerado bom.

Foi durante a primeira experiência no mercado de trabalho que decidiu ser juiz. "Eu não sabia o que era exatamente isso, mas eu queria para mim, algumas pessoas não acreditaram, mas estava com a ideia muito fixa na mente. Claro que me questionavam. Como alguém do interior, pobre, estudante de escola pública e negro queria seguir uma profissão que não era acessada por esse perfil?", lembra. É que o racismo, quando não mata, busca tornar o alvo inseguro. "Eu sempre tinha que fazer 25% melhor que qualquer pessoa. Então, não era ser o melhor por ser ‘o melhor’, mas ser o melhor para ser igual."

Combate ao racismo


Nuniversidade, foi interpelado por uma professora, que disse que ele não tinha "perfil para a magistratura". Em outro episódio, um professor o insultou racialmente durante uma discussão. "Discordamos em uma questão e ele perguntou quem tinha cortado o rabo do macaco. Ali foi como se eu tivesse tirado minha segunda certidão de nascimento. Nasci novamente, como identidade, como um homem negro".

Os episódios de racismo, solidão e dificuldades financeiras marcaram a trajetória de Esteves, mas não foram capazes de pará-lo. Ele se formou na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em 2003, e, em 2007, assumiu a magistratura no Distrito Federal. No currículo, casos emblemáticos e com repercussão nacional, como o processo que condenou os executores do caso conhecido como "Crime da 113 Sul", a condenação do ex-dono da Gol Nenê Constantino e o processo de investigação contra o ex-deputado federal Alberto Fraga.

Em 2016, foi eleito presidente da Associação dos Magistrados do DF (Amagis). Incomodado com a inexpressividade dos negros na magistratura, desde 2017 faz frente ao Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (Enajun). Uma oportunidade de reflexão sobre a representatividade, tanto para os juízes negros como para uma sociedade que ainda não encontra no Judiciário a sua projeção racial. "A proposta do encontro é dizer que a magistratura deve ser uma só, e deve ser plural."

Os avanços, ele diz, são substanciais, mas ainda é preciso percorrer um longo caminho, pois a disparidade entre negros e brancos ainda é um abismo no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que, em 2015, o número de negros entre 18 e 24 anos que chegou ao nível superior era de 12%, ou seja, menos da metade dos 26,5% de brancos.

O IBGE destaca ainda que a dificuldade de acesso dos negros se dá pela educação defasada recebida por essa parcela da população. No tempo em que deveriam estar matriculados em universidades, 53,2% dos negros ainda estão no ensino fundamental ou médio, ante 29,1% de brancos.Fábio se torna uma figura mais rara porque a distância entre brancos e negros na magistratura é ainda maior. Pessoas negras representam apenas 1,6% dos magistrados do Brasil, em um universo de mais de 18 mil juízes. Ainda assim, ele não perde o otimismo. "Sempre digo aos jovens: seja negro, mantenha sua história, não abra mão da sua identidade e busque o melhor disso. Hoje posso dizer que é possível o negro também ocupar esse espaço na magistratura", finaliza.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ABI REALIZA DEBATE SOBRE CENSURA E RACISMO 50 ANOS DEPOIS E HOMENAGEIA CARLOS NOBRE, UM DOS MENTORES DO EVENTO, FALECIDO RECENTEMENTE

Fonte:Associação Brasileira de Imprensa Edição: Adilson Gonçalves
A legislação da censura criada pela ditadura militar, que proibiu, entre outros temas, a divulgação de  informações sobre racismo no Brasil, será  debatida em 12 de novembro, na sede da  ABI,  pelos  jornalistas  Muniz Sodré, professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Álvaro Caldas, da Comissão da Verdade do Rio.
Na ocasião, será homenageado o jornalista, professor e escritor Carlos Nobre, recentemente falecido, e que estava entre os organizadores deste evento –  uma roda de conversa e debate sobre censura e racismo diante de normas autoritárias editadas pelo governo, mais especificamente entre  1967 e 1970, que atingiram os meios de comunicação, teatro e cinema.  Em 10 de novembro de 1969, por exemplo, ato do governo Médici, proibia a imprensa de publicar notícias sobre conflitos com índios, esquadrão da morte, guerrilha, movimento negro e discriminação racial.  Quase meio século depois, essas questões serão revisitadas no encontro de jornalistas.
Exemplos destas arbitrariedades são o Decreto-Lei 898, mais conhecido como Lei de Segurança Nacional, de 29/09/1969; o Decreto-Lei 1077, de 26/01/1970, que regulava a censura prévia em toda a mídia; a Lei 5250, de 09/01/1967, em seus artigos 61, 62 e 63, que determinava, entre outros itens, a apreensão com ou sem ordem judicial nos casos considerados subversivos que vinculassem material sobre guerrilha ( chamada de propaganda de guerra)  e relacionados  a preconceito de raça ou de classe, temas então considerados incitação à ordem política e social do Brasil.
Serviço:
Censura e Racismo: 50 anos em debate
Dia 12/12/2019, no auditório Belisário de Souza, no sétimo andar da ABI, entre 16 e 18 horas
Realização: ABI, por meio da Comissão Mulher & Diversidade, e Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, através da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio).

"EM UMA SOCIEDADE RACISTA, NÃO BASTA NÃO SER RACISTA:TEM QUE SER ANTIRRACISTA", AFIRMA TAISON APÓS SER OFENDIDO NA UCRÂNIA



Edição: Adilson Gonçalves 
Oatacante Taison fez um duro desabafo nas redes sociais após ser vítima de racismo ao lado do também brasileiro Dentinho durante o clássico ucraniano entre Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, no domingo, pelo campeonato nacional. Ambos deixaram o gramado chorando depois do episódio racista ocorrido na cidade de Kharkiv.
“Jamais irei me calar diante de um ato tão desumano e desprezível! Minhas lágrimas foram de indignação, de repúdio e de impotência, impotência por não poder fazer nada naquele momento! Mas somos ensinados desde muito cedo a sermos fortes e a lutar”, afirmou o atacante.
Em outro trecho, o jogador que esteve na Copa do Mundo de 2018 reforçou que o futebol precisa mudar e agradeceu pelas várias mensagens de apoio recebidas. “Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, precisamos ser antirracista! O futebol precisa de mais respeito, o mundo precisa de mais respeito! Obrigada a todos pelas mensagens de apoio!”
O Internacional, equipe que revelou Taison, também usou as redes sociais para repudiar os atos ocorridos. “O Clube do Povo se solidariza com os atletas Taison, ídolo colorado, e Dentinho, vítimas de racismo neste domingo durante partida do campeonato ucraniano.#ChegaDePreconceito #RacismoNuncaMais.”
Taison acabou expulso por mostrar o dedo do meio em um gesto obsceno e chutar a bola em direção à torcida rival, em resposta às ofensas direcionadas a ele e a seu companheiro de time. O lance aconteceu aos 28 minutos do segundo tempo no estádio Metalist, quando o time da casa já vencia por 1 a 0 com gol marcado por Krystov.
Percebendo o tumulto que se formava, o árbitro paralisou a partida e ameaçou encerrar o clássico. Os jogadores do Dínamo pediram a seus torcedores que parassem com as manifestações racistas.
A Europa vem sofrendo com vários atos discriminatórios nos últimos meses. Na última Data Fifa, o jogo entre Bulgária e Inglaterra, válido pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2020, foi parado em duas oportunidades por causa dos sons de macaco e gestos nazistas vindos dos búlgaros.
Na Rússia, os torcedores do Zenit protestaram contra a chegada do brasileiro Malcom, pedindo que o clube mantivesse sua suposta tradição de não ter negros em seu elenco. Outro jogador do País vítima de racismo no Velho Continente foi Dalbert. O lateral da Fiorentina chegou a avisar o árbitro do fato e a partida contra a Atalanta foi paralisada até os insultos pararem.
A luta do racismo na Itália tem sido ainda mais difícil porque os torcedores estão se voltando contra os atletas de sua própria equipe quando eles denunciam atos ofensivos nos jogos. Romelu Lukaku foi vítima e pediu duras punições. Em resposta, recebeu uma carta dos torcedores da Inter de Milão, equipe que defende, pedindo para ele considerar ‘essa atitude como uma forma de respeito’ dos rivais. Os torcedores do Brescia também se voltaram contra Mario Balotelli, dizendo que ele não soube lidar com as supostas provocações feitas pelos torcedores do Verona.

BRASILEIRA CRIA PRODUTOS QUE REMOVE AGROTÓXICOS DE ALIMENTOS

Edição: Adilson Gonçalves
Taynara Alves é recém-formada em Gestão de Negócios e Inovação da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Sebrae e já realizou algo grandioso: criou um produto capaz de tirar agrotóxicos de alimentos como vegetais e frutas.
Orgulhosa, Taynara diz que o diferencial do seu produto, chamado de Puro e Bom, é que ele permite uma limpeza profunda dos alimentos, conseguindo remover até 85% dos metais pesados e substâncias químicas de agrotóxicos.
A ideia do produto surgiu em meio as aulas e acabou se transformando no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
O produto criado pela estudante também venceu o concurso da aceleradora Start Ambev, do qual participaram mais de 2 mil inscritos.
Taynara recebeu um aporte de R$ 50 mil para investir no desenvolvimento do seu produto, além de ganhar uma mentoria da aceleradora, que tem previsão para começar na segunda metade deste mês.
A brasileira ainda participa do Vai Tech, um programa de aceleração administrado pela Prefeitura de São Paulo que orienta os participantes sobre como viabilizar os seus projetos no mercado.
Para agora empreendedora, o caminho para trilhar uma pesquisa é contínuo porque a cada novo agrotóxico comercializado no mercado, o produto Puro e Bom precisa passar por uma nova revisão técnica para continuar sendo eficaz na remoção dele.
Atualmente, o Puro e Bom custa cerca de R$ 60 o livro e é vendido diretamente para pequenas empresas que atuam no segmento de alimentação saudável, incluindo fabricantes de papinhas, refeições fitness e restaurantes.
Segundo Taynara, uma das muitas vantagens é o custo benefício do Puro e Bom, que possui um valor intermediário entre o alimento orgânico e o convencional.Taynara também fez um importante alerta sobre o modo como higienizamos os alimentos.
“A dificuldade que enfrentamos é concorrer com a mentalidade do brasileiro que confia muito nas soluções caseiras. O uso do vinagre e bicarbonato de sódio está muito enraizado na nossa cultura, apesar de essas substâncias não eliminarem os compostos químicos”, afirma a empreendedora.
Para produzir o Puro e Bom, Taynara criou a InQuímica, a sua startup que criou assim que realizou sua graduação em Química na Universidade Federal do ABC.
“Cansei de ver pesquisadores brilhantes fazendo trabalhos incríveis para colocar suas publicações em bibliotecas. Falta uma visão de gestão e empreendedorismo capaz de levar as boas ideias ao mercado”, diz.
De origem humilde da grande São Paulo, pai ferramenteiro e a mãe auxiliar administrativa (escrituária), eles a estimularam e se esforçaram para que a filha estudasse em bons colégios, pois enxergavam o futuro por meio dos estudos. Taynara decepcionou seus pais quando decidiu que não seria Doutora Advogada, mas Cientista. Foi no ensino médio que se apaixonou à primeira vista com as fórmulas químicas na lousa!
Começou então a fazer o curso técnico em química e, cada vez mais, tinha certeza que era com isso que gostaria de trabalhar. Ao fim do curso técnico, por sugestão de uma amiga, começou a fazer uma iniciação científica no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) — Centro de Química do Meio Ambiente, onde ficou encantada com os laboratórios e a sabedoria daqueles mestres e doutores.
PAIXÃO PELA PESQUISA
O curso técnico e a iniciação científica agregaram muito conhecimento, mas ainda não era o suficiente. Foi quando passou no vestibular em Química na Universidade Federal do ABC (UFABC).
Havia se inscrito no vestibular matutino, pois nessa época já trabalhava todos os dias das 15 as 23. Ela entrou como auxiliar de laboratório, foi técnica, pesquisadora e chegou a coordenar um laboratório na Faculdade Oswaldo Cruz.
Ocorre que ao invés do curso ser matutino era diurno e integral. Tentou flexibilizar com a Universidade, o que não foi possível, mas o laboratório que coordenava auxiliou reduzindo seus horários alguns dias da semana. Ela não podia deixar de trabalhar pois sempre teve que ajudar em casa. Por isso, desistir ou abandonar a graduação era uma possibilidade.
Mas Taynara persistiu e além de toda essa carga horária, entre aulas e trabalho, nossa Cientista Empreendedora realizou iniciação científica durante a faculdade e estágio em controle de qualidade, não somente para agregar financeiramente, mas também em experiência e conhecimento que aplicaria em seguida.

BLACK NEWS CHANNEL (BNC), FEITO POR NEGROS E PARA NEGROS, ESTREIA NESTA SEXTA-FEIRA NOS EUA

Edição: 
Adilson 
Gonçalves
O Canal Black News Channel (BNC) ,  estreia dia 15 de novembro, com a proposta de fornecer para os negros dos EUA conteúdo durante o dia todo com foco no jornalismo e educação. O canal será oferecido por meio de assinatura.
No material para imprensa, a BNC destaca o que faz dela um canal diferente dos outros existentes na TV à cabo, como CNN e Fox News:
“O BNC é a única rede de notícias televisivas com programação de notícias reunida, escrita e produzida “por pessoas negras para pessoas negras”.
As redes de transmissão e notícias a cabo existentes selecionam notícias e eventos que atraem o maior público possível. O BNC fornecerá cobertura para eventos e atividades de interesse específico e significado cultural para afro-americanos.
A missão do BNC é oferecer uma programação que ‘informe, eduque para inspirar e capacitar a comunidade afro-americana’.
Os afro-americanos são muito leais à programação de televisão que apresenta membros do elenco ou jornalistas negros, bem como redes operadas por pessoas negras”.
 O BNC funcionará como um canal de notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana, e será lançado para cerca de 33 milhões de lares – 23 milhões de lares de TV via satélite e 10 milhões de lares de TV a cabo – nos principais mercados de TV afro-americanos, incluindo Nova York, Los Angeles, e Atlanta.
Para se preparar, a equipe de gerenciamento da BNC começou a planejar a rede em 2004 e conduziu os testes de programação ao vivo de 18 meses ao vivo, produzidos e distribuídos em oito milhões de residências.