sexta-feira, 11 de outubro de 2019

PRESIDENTE DA ALERJ É HOMENAGEADO NO EVENTO COMEMORATIVO AOS 20 ANOS DO GRUPO CORPO EM MOVIMENTO

Foto: Thiago Lontra
| Texto: Buanna Rosa 
Edição:Adilson Gonçalves
O presidente da Assembleia Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), foi homenageado na noite desta quinta-feira (10/10) pelo grupo de dança inclusiva Corpo em Movimento, criado pela Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef). A condecoração foi feita durante apresentação da companhia em comemoração aos 20 anos de história do grupo. O prêmio foi entregue no Teatro Municipal do Niterói, localizado no centro da cidade e contou também com a presença do deputado federal Pedro Paulo (MDB-RJ), da ex-deputada estadual Tânia Rodrigues e do coreógrafo Carlinhos de Jesus.
“Foi linda e emocionante a apresentação. O que esses bailarinos fazem no palco é de arrepiar. Fico muito feliz em receber essa homenagem e saber que o Parlamento Fluminense apoia um projeto tão importante como esse”, afirmou o presidente da Casa. O deputado também lembrou que a Alerj tem um convênio com a Andef, desde 1996, que garante trabalho, atualmente, para mais de 100 profissionais da instituição no Parlamento. “A Andef é um exemplo não só para Niterói, mas para todo o estado do Rio”, acrescentou o parlamentar.
Para a Camila Rodrigues, fundadora e coreógrafa do grupo, o trabalho dos 15 bailarinos que compõem a equipe é mais do que se movimentar no palco, é um protesto pela garantia de direitos. “Somos um grupo que quebra paradigmas e preconceito de forma plástica, mostrando toda potencialidade das pessoas com deficiência. Sete dos nossos bailarinos possuem algum tipo de deficiência e oito não têm, mas todos vestem a camisa da associação e lutam pelo mesmo objetivo, que é a inclusão social, e isso é o que nos move ”, contou Camila.
A coreógrafa também lembrou que essa luta já atravessou oceanos. Ao longo desses anos a companhia já representou o Brasil em grandes eventos e em países como Inglaterra, Turquia e Austrália. “Tivemos a honra de participar do encerramento da paraolimpíada de Sidney, em 2000, e subir no mesmo palco que Rihanna e Coldplay. Foi emocionante! Levar a nossa arte e, principalmente, a dança inclusiva para tantas pessoas é um privilégio e um prazer sem igual”, concluiu Camila. A equipe também dançou no encerramento da Copa das Confederações no Maracanã.e participou da abertura e do encerramento das Paralimpíadas.
Há 14 anos na companhia, Luiz Henrique Gomes, de 42 anos, foi um dos dançarinos que embarcaram com o grupo para Londres e mostrou para os ingleses que é possível dançar por horas em uma cadeira de rodas. Depois de sofrer um acidente de moto e ficar paraplégico o carioca encontrou na dança uma nova perspectiva de vida. “Eu tinha na minha cabeça que a cadeira seria um limitador para mim, mas eu estava errado. A companhia levantou a minha estima. Só na apresentação de hoje eu fui bailarino em 12 coreografias”, comemorou Luiz Henrique.

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