Fonte: Uol Edição: Adilson Gonçalves
A premiada atriz Lupita
Nyong'o está prestes a lançar um livro voltado para o público infantil,
"Sulwe", que conta a história de uma menina que tem a pele mais
escura que a de outras pessoas em sua família.
Vencedora do Oscar de atriz
coadjuvante por sua atuação em "12 Anos de Escravidão" (2013), Lupita
nasceu no México e foi criada no Quênia. Mais tarde, mudou-se para os Estados
Unidos. Em entrevista à "BBC Newsnight", ela disse que foi vítima de colorismo na
infância, quando "desejava ter pele diferente".
Para a atriz,
o colorismo "é filho do racismo", em "um mundo que recompensa
pessoas de pele mais clara sobre as de cor mais escura". Colorismo é o
preconceito contra pessoas com tom de pele mais escuro ou o tratamento
preferencial aos que têm pele mais clara. "Eu definitivamente cresci
sentindo-me desconfortável com a minha cor de pele, porque eu sentia como se o
mundo ao meu redor premiasse a pele mais clara", ela afirmou. Lupita
contou que sua irmã mais nova, que tem a pele mais clara que a dela, era
chamada de "bonita" e "linda". "Conscientemente,
aquilo se traduzia em: 'Eu não valho a pena'." A atriz argumenta que o
colorismo era "muito ligado ao racismo",

eurocêntricos
de beleza, que depois afetam como nós nos vemos entre nós mesmos". A atriz
chegou a ouvir em um teste que era "escura demais" para um trabalho em televisão. Lupita
diz que a relação com sua pele tem sido separada da relação com sua raça.
"Raça é uma construção muito social, que eu não tinha que atribuir ao meu
crescimento diário. Por mais que eu estivesse passando pelo colorismo no
Quênia, eu não tinha conhecimento de que eu pertencia a uma raça chamada
negra." Isso mudou, ela diz, quando se mudou para os Estados Unidos,
"porque, de repente, a palavra negra estava sendo atribuída a mim e isso
representava certas coisas às quais eu não estava habituada". Lupita diz
que a relação com sua pele tem sido separada da relação com sua raça.
"Raça é uma construção muito social, que eu não tinha que atribuir ao meu
crescimento diário. Por mais que eu estivesse passando pelo colorismo no
Quênia, eu não tinha conhecimento de que eu pertencia a uma raça chamada
negra." Isso mudou, ela diz, quando se mudou para os Estados Unidos,
"porque, de repente, a palavra negra estava sendo atribuída a mim e isso
representava certas coisas às quais eu não estava habituada". Lupita
interpretou o papel de Nakia no filme "Pantera Negra", da Marvel, que
arrecadou mais de 1 bilhão de dólares em cinemas de todo o mundo. Questionada
se o sucesso do filme pode ter muda se o sucesso do filme pode ter mudado a
experiência de escalar atores negros, a artista respondeu: "Eu acho que o
tempo vai dizer se essa foi aquela mudança essencial. Definitivamente, é assim
que isso parece
Nenhum comentário:
Postar um comentário