Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil/ Edição:Adilson Gonçalves
A inclusão no mercado
de trabalho é o tema mais urgente para a população negra, segundo a pesquisa
Consciência entre Urgências: Pautas e Potências da População Negra no Brasil,
divulgada hoje (18) pelo Google
Brasil. Na opinião de 46%, a colocação profissional é um dos assuntos
prioritários para a vida das pessoas negras. O estudo foi realizado pela
consultoria Mindset e pelo Instituto Datafolha e ouviu 1,2 mil pessoas pretas e
pardas ao longo do último mês de outubro.
Racismo estrutural
O racismo
estrutural - tema que apareceu como mais discutido na pesquisa - também é
apontado como um dos mais urgentes para a população negra (44%). Em relação ao
racismo que permeia as instituições públicas e privadas no Brasil, foram
levantados temas como a representatividade na política e o apagamento da
história dos negros nos currículos escolares e universitários.
Segundo o
estudo, sete em cada dez negros não se sentem representados pelos governantes.
Votar em candidatos negros é uma pauta importante para 61% da população negra,
tendo mais apelo entre os menos favorecidos economicamente (73% entre as
classes D e E) do que entre que estão melhor colocados socialmente – 47% nas
classes A e B. Para 69%, as marcas comerciais tratam de forma superficial ou oportunista
temas relacionados à negritude.
A inclusão no mercado
de trabalho é o tema mais urgente para a população negra, segundo a pesquisa
Consciência entre Urgências: Pautas e Potências da População Negra no Brasil,
divulgada hoje (18) pelo Google
Brasil. Na opinião de 46%, a colocação profissional é um dos assuntos
prioritários para a vida das pessoas negras. O estudo foi realizado pela
consultoria Mindset e pelo Instituto Datafolha e ouviu 1,2 mil pessoas pretas e
pardas ao longo do último mês de outubro.
O feminismo negro foi apontado como tema
urgente por 23% da população negra, seguido pelo genocídio dos negros (24%). O
alto número de mortes violentas entre negros é uma preocupação maior para os
maios jovens, chegando a 28% na faixa entre 16 e 34 anos de idade, mas caindo
para 18% entre os com 60 anos ou mais.
O
sentimento de urgência em relação ao genocídio é maior entre aqueles com ensino
superior (30%) e menor para as pessoas que estudaram apenas até o ensino
fundamental (14%). Relação inversa ocorre com o feminismo negro, apontado como
urgente para 18% das pessoas que têm ensino superior e para 30% das que só têm
ensino fundamental.
Em quinto
lugar ficaram as políticas afirmativas, como cotas raciais, vistas como
prioritárias para 19%. O sentimento de urgência para esse tipo de política é
maior para os homens (23%) do que entre as mulheres (17%).
Ativistas
A pesquisa
mostrou que metade da população negra se considera ativista pelos direitos
dessa parcela da sociedade. Sendo que esse sentimento é maior entre os mais
pobres, atingindo o patamar de 63% nas classes D e E, do que entre os com
melhor situação financeira, ficando em 31% nas classes A e B.
Para 91% da
população negra, o Dia da Consciência Negra – lembrado no dia 20 de
novembro – é uma data importante para manter viva as histórias de heroísmo de
negras e negros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário