Vítima de racismo por parte dos
torcedores do Cagliari após
marcar, cobrando um pênalti, o gol que garantiu a vitória da Inter de
Milão, por 2 a
1, em partida pelo Campeonato Italiano,
o atacante Romelu
Lukaku se manifestou publicamente, para cobrar ações dos dirigentes no combate a
este tipo de problema e também aproveitou para pedir para outros jogadores
"unirem-se e tomar posição" para ajudar a coibir esta prática
condenável dentro do futebol.
O jogador
belga fez o gol do triunfo sobre o Cagliari aos 27 minutos do segundo tempo do
confronto de domingo e ouviu alguns torcedores da equipe da casa imitarem sons
de macaco para provocá-lo e insultá-lo.
Lukaku usou a sua página na
rede social Instagram para condenar os atos racistas contra ele e para destacar
que espera que "as federações de futebol reajam fortemente a todos os
casos de discriminação". E enfatizou que ele e outros atletas "vêm
dizendo isso há anos e nada foi feito" para combater de forma eficiente o
racismo nas principais competições de futebol do mundo.
"Senhoras
e senhores, estamos em 2019 e, em vez de avançarmos (contra o
problema), estamos andando para trás", escreveu o jogador da seleção belga, que passou a defender a Inter de Milão a partir desta temporada europeia depois de ter atuado pelo Manchester United nas duas anteriores.
problema), estamos andando para trás", escreveu o jogador da seleção belga, que passou a defender a Inter de Milão a partir desta temporada europeia depois de ter atuado pelo Manchester United nas duas anteriores.
"Penso
que como jogadores devemos estar unidos e tomar posição frente a este problema
com o objetivo de conservar este esporte limpo e agradável para todos",
ressaltou Lukaku, lembrando também que os casos de racismo estão ocorrendo com
frequência no futebol. "Vários jogadores sofreram abusos racistas neste
último mês (de agosto). Foi o meu caso ontem. O futebol é um jogo em que todo
mundo deve desfrutar e não devemos aceitar nenhuma forma de discriminação
susceptível de envergonhar o nosso esporte", completou.
Um dos
vice-artilheiros da Copa do
Mundo de 2018, com
quatro gols marcados, Lukaku também pediu aos clubes e os administradores de
redes sociais que saibam usar as suas ferramentas na internet para combater o
racismo. "As plataformas de mídia social também devem trabalhar mais, com
os clubes, porque todos os dias há pelo menos um comentário racista em relação
a uma pessoa de cor", opinou.
Antes do astro belga, o atacante italiano Moise Kean, hoje jogador do Everton, foi vítima de racismo praticado por torcedores do Cagliari quando
atuava pela Juventus na temporada passada. O mesmo ocorreu com o volante francês Blaise
Matuidi, atleta da equipe de Turim,
um ano antes.
Quando ouviu gritos que imitavam sons de
macacos após marcar o gol da vitória da Inter, Lukaku olhou com raiva para o
setor de onde ele constatou que partiram os cânticos racistas antes de ser
cercado pelos seus companheiros de time durante a sua comemoração.


Os
atacantes Marcus Rashford,
também do United, e Tammy Abraham,
do Chelsea, foram
alvos de insultos da mesma natureza nesta temporada europeia. O defensor
francês Kurt Zouma,
também negro, foi outro a ser vítima de manifestações racistas.
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