Fonte G1 Foto: Reprodução EPTV
Uma
advogada que trabalhava na prefeitura de Campinas (SP) aguarda a decisão da
Justiça pelo tratamento denunciado como racismo recebido de um contribuinte. O
crime de racismo – LEI 7716/89,conhecida popularmente como lei Cáo- é inafiançável, pode haver multa e a pena vai
de um a cinco anos de prisão. Os casos de injúria racial, em que a pessoa
atribui uma característica pejorativa ocorrem em situações mais frequentes por
nacionalidade, cor, local de moradia e profissão, segundo a Comissão do Negro.
Ana Vanessa
Silva foi vítima de preconceito e há três anos aguarda a decisão do processo
judicial. “Eu não quero ser atendido por uma pessoa negra”, disse o
contribuinte. O caso ocorreu ao enfrentar um constrangimento durante o
atendimento. Ela disse que o homem ficou nervoso ao verificar que seria
atendido por uma negra. "Negro não serve pra nada, negro só faz coisa
errada", afirma sobre o modo que o contribuinte comentou. O homem responde
o processo em liberdade e se for condenado pode ficar até quatro anos preso.
Assumir
um preconceito não é algo comum, muitas atitudes revelam um pré-julgamento e
podem desvalorizar a pessoa socialmente. "Se você mora num determinado
bairro ou em uma determinada região, então você já é conceituada por aquela
região e baseado nisso você sofre prejuízos até quando vai procurar
emprego", afirma o presidente da comissão, Ademir José da Silva.
Os reflexos para quem sofre
algum tipo de preconceito podem muitas vezes se tornar irreversíveis. "Nos
momentos extremos de uma situação aguda, de constrangimento, de exposição,
essas pessoas sofrem muito mesmo que podem evoluir para alguns quadros
psiquiátricos", explica o psiquiatra Eduardo Henrique Teixeira.
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