O
deputado federal Protógenes Queiróz – PC
do B- SP – veio ao Rio de Janeiro, nesta
terça-feira, dia 26, especificamente pedir apoio à categoria para
a votação do seu projeto de lei 1078/12, que federaliza os crimes
praticados contra jornalistas. O
encontro, com alguns integrantes da
classe, ocorreu durante a reunião do
Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa - ABI. Em sua explanação, o deputado afirmou que
seu projeto de Lei “vem sofrendo boicote por não ser interessante a segmentos e
setores do Parlamento Brasileiro.”
- O meu projeto não defende os
jornalistas, mas a atividade jornalística. Pois a cada ano aumenta o número de profissionais
mortos por desempenharem suas funções, que em sua totalidade vão de encontro a
interesses obscuros, desonestos, seja a corrupção ou o crime organizado.
Protegendo-se a atividade jornalística, com certeza, teremos um país melhor,
umas sociedade depurada, através da
verdade- afirma o deputado.
Com exemplo emblemático do quanto
é necessária a federalização dos crimes praticados contra jornalistas, o
deputado Protógenes Queiróz citou o caso
Tim Lopes, assassinado por traficantes, no Complexo do Alemão em 2002:
-O caso somente foi esclarecido,
mesmo assim não em sua totalidade, pois
além de uma grande profissional, querido pela classe, Tim Lopes era funcionário da
maior organização de comunicação do País, que mobilizou toda a sua máquina e que provocou uma comoção pública, empreendendo
uma verdadeira caçada humana ao Elias Maluco. Afinal a poderosa, teve sua
suscetibilidade ferida, foi atingida em suas entranhas por um reles traficante, denominado Elias Maluco, que foi
preso como símbolo do ato. Quando eu
digo que o crime não foi esclarecido em sua totalidade é porque temos
informações de que nem todos os participantes do crime foram descobertos ou presos.
Qualquer criminoso, seja ele praticante de
qualquer tipo crime, vai pensar duas vezes antes de atingir um profissional de
imprensa, por causa sua atividade, seja para impedir sua conclusão ou por
retaliação, pois sabe que será investigado pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público Federal,– afirma o parlamentar.
O Deputado federal diz ainda que se não fossem
estes fatores- a maior organização de
comunicação do país, a comoção pública e um crime praticado em uma grande
metrópole, como o Rio de Janeiro -“o caso Tim Lopes não teria sido esclarecido,
permanecendo sob o manto da impunidade.”
- Se isto acontece no Rio de
Janeiro, imagine nos grotões do país, onde a atividade jornalística é mais
desprotegida, e , portanto a segurança do profissional de imprensa é fragilizada ou inexistente. Por isso tenho a
certeza que a federalização dos crimes praticados
O deputado e delegado da Polícia Federal Protógenes Queiróz já foi coleguinha, literalmente,
inclusive sabendo das agruras da profissão: na década de 70, aos 15 anos, editou
e redigiu o Jornal Alerta Geral, no Colégio Dom Helder Câmara, em São Gonçalo.
Entre outras matérias polêmicas, duas provocaram a apreensão de exemplares, da
matriz e até busca domiciliar pelos órgãos
de repressão: uma que questionava somente a indicação de militares para a presidência
da República e outra que cobrava o paradeiro dos estudantes durante o regime militar, entre eles Fernando
Santa Cruz, estudante da UFF.
- Acho que não fomos presos e o
caso não teve maiores consequências por causa de nossa idade. Com eu era o editor do jornal, a implicância
maior deles foi comigo, mas como meu pai era militar e peitou os agentes, o caso parou por ali mesmo-, ri o deputado.
Em sua cruzada pela aceleração do
prazo de votação da lei criada por ele,
o deputado Protógenes Queiróz se colocou
à disposição do SJPMRJ, para expor à categoria os detalhes da lei 1078/12.
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