A Polícia Civil prendeu
um dos suspeitos de participação no assassinato do desembargador Gilberto
Fernandes, baleado durante uma tentativa de assalto, na noite de quinta-feira
(25), em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Segundo o Tribunal de Justiça do
Rio de Janeiro, Gilberto Fernandes foi o primeiro desembargador negro do
estado.
Segundo
a polícia, Jeferson Siqueira Barcelos, conhecido como Jefinho, de 19 anos foi
localizado por agentes da 77ª DP (Icaraí) , na noite desta terça-feira (30), no
bairro de Maria Paula, também em Niterói.
De
acordo com o delegado Mário Luis da Silva, titular da 77ª DP, Jeferson foi
reconhecido por sua mãe - que foi chamada à delegacia - em imagens de câmeras
de vídeo. Na delegacia, após ser preso, o jovem confessou sua participação na
ação e apontou Rodrigo Moraes Pereira, o Bebelo, como responsável pelos tiros
que mataram o desembargador, ainda segundo a polícia.
Contra
Jeferson e Rodrigo foram expedidos mandados de prisão temporária, expedidos
pelo plantão judiciário da Capital. Rodrigo continua foragido e está sendo
procurado pela polícia.
Na sexta-feira (26),
durante a cerimônia de sepultamento, amigos e familiares do magistrado
aposentado Gilberto Fernandes, de 79 anos, estavam chocados com o crime. “É
lamentável, em qualquer lugar, acontecer uma coisa dessas”, afirmou presidente
do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Manuel Alberto dos
Santos. “Nós vamos sentir a falta física, mas o espírito dele vai continuar
iluminando o Judiciário brasileiro”, disse o presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do estado (TRE-RJ), Luiz Zveiter.
Gilberto
foi assassinado quando ia buscar uma neta em Icaraí. Ele foi abordado por dois
homens. O desembargador teria se assustado e engatou a marcha ré. Os criminosos
atiraram e depois fugiram sem levar nada.
A
polícia trabalha com a suspeita de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
“Niterói está insustentável. A violência está demais”, criticou Gilza
Fernandes, filha do desembargador.
Na
mesma noite, 20 minutos depois, o vereador eleito Lucio Diniz Martelo,
conhecido como Lucio do Nevada, foi assassinado. Segundo a polícia, bandidos
chegaram atirando contra o carro de Lucio, parado em frente à casa dos pais, no
bairro de Santa Bárbara. Pelo menos cinco tiros atingiram a vítima. Um assessor
que estava com ele não ficou ferido.
Para
os policiais que investigam a morte do político, a principal hipótese é a de
execução, mas nada está descartado. Eles vão chamar testemunhas para depor e
aguardam o resultado da perícia. “Nós estamos em um momento de apuração dos
trabalhos periciais que foram feitos, e dos levantamentos que foram
executados”, disse o delegado Paulo Guimarães, titular da 78ª DP (Fonseca).
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