segunda-feira, 23 de maio de 2011

JORNAL CARIOCA O DIA OUVE CAÓ SOBRE EMPRESA PAULISTA QUE SELECIONA EMPREGADAS DOMÉSTICAS PELA COR DA PELE



Caó: ‘Não podemos deixar
essas atitudes impunes’

           Na quarta-feira, dia 18 de maio maio, o jornal carioca O DIA estampou como manchete, em sua primeira página, o fato da empresa paulista de recursos humanos Resilar ultilizar como critério de admissão de empregadas domésticas o ítem cútis (cor da pele), no questionário destinado aos contratantes de seus serviços. No dia seguinte, o jornal ouviu vários militantes do movimento negro, entre eles Caó. leia abaixo a entrevista dada por ele ao veículo de comunicação.

JORNAL O DIA: Fernanda Alves,
com colaboração de Gislandia Governo,
Marcos Galvão e Raphael Azevedo


     Criador da lei 7716/1989, popularmente conhecida como Lei Caó, que pune os crimes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, Carlos Alberto Caó Oliveira, comentou a atitude da empresa Resilar. “É nitidamente uma postura racista. Quando você retira a oportunidade de emprego das pessoas, está segregando”, explicou.

     Ex-vereador e advogado, Caó afirmou que gostaria de ver uma mobilização do Sindicato das Empregadas Domésticas contra a atitude racista da agência de empregos e espera que as providências prometidas pelo deputado Edson Santos resolvam o problema. “Não podemos deixar essas atitudes impunes”, avaliou.

    Ele ressaltou que o preconceito racial não é algo de agora e que, mesmo sem ser discutido frequentemente, está explícito. “Não é preciso fazer nenhuma pesquisa. Todo mundo sabe que a maioria das empregadas domésticas é de negras. É uma atividade econômica que acolhe pessoas com baixo nível de formação. Com isso, é inconcebível que negros sejam segregados das oportunidades de trabalho”,explicou.


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