sábado, 24 de agosto de 2013

PRESIDENTE DO STF, JOAQUIM BARBOSA É O DESTAQUE NA PRIMEIRA PÁGINA NA EDIÇÃO DO NEW YORK TIMES DESTE SÁBADO

Edição Adilson Gonçalves Fonte Revista Exame

Jornal americano destaca a coragem do presidente

 do STF para "perturbar" o status quo no Brasil


São Paulo – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ganhou um grande espaço no The New York Times neste sábado. O ministro conhecido pelo temperamento explosivo foi o personagem do Saturday Profile, tradicional espaço do jornal americano.
"Ele (Barbosa) é a força motriz por trás de uma série de decisões socialmente liberais e que mexem com o establishment, tornando a mais alta corte do Brasil – e ele em particular – em um poder político recente e objeto de fascínio popular", ressalta o correspondente Simon Romero.
No entanto, apesar de estar na crista da onda popular, devido ao julgamento do mensalão, das decisões sobre casamento gay e das ações "afirmativas" em relação às cotas nas universidades públicas, o ministro voltou a ser taxativo. "Eu não sou candidato a nada", disse.
O New York Times lembrou a origem humilde de Barbosa e a trajetória da sua carreira em Brasília e no exterior. O jornal também deu destaque para as recentes polêmicas envolvendo o chefão do STF, como a que ele teria evitado pagar altos impostos com a compra de um apartamento em Miami.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NOITE DE GALA DO RAP NACIONAL DA MTV É ADIADA PARA SÁBADO

Estava previsto para esta quinta-feira (22) o ‘Especial Yo! MTV’!, evento organizado pela MTV Brasil que comemoraria do Dia do Rap. Porém, o mesmo teve que ser transferido para o próximo sábado (24).

A emissora informou que está cumprindo ordens estabelecidas pelo Ministério Público e pela Companhia de Engenharia de Tráfego, devido ao crescimento do evento. “Apesar de estar fora dos planos, acreditamos que a mudança das apresentações para o sábado facilitará ainda mais o acesso do público fã de rap ao evento, seja pela transmissão da TV, da internet, ou mesmo presencialmente“, afirma a emissora. Comandada pela VJ Pathy DeJesus, KL Jay, Thaíde, Primo Preto e P-Funk, a programação começará à 0h do sábado (24), e será inteira dedicada ao Rap. Contando com documentários temáticos, exibição de clipes encomendados pelos próprios rappers, arquivos históricos que vão desde a partida de basquete entre Rappin Hood e Sabotage ao show que aconteceu em 1995 em comemoração aos 300 anos de Zumbi dos Palmares, homenagens aos clássicos do gênero e uma série de shows ao vivo. Na porta da MTV Brasil estão confirmadas as apresentações de grandes nomes do rap nacional como Edi Rock, Rappin Hood, Funk Buia (Z’Africa Brasil), Johny MC, Rael, Emicida, Dexter, Sandrão, Negra Li, Thaíde, Sombra e Potencial 3.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

COMUNIDADE NEGRA NORTE AMERICANA COMEMORA NESTE SÁBADO OS 50 ANOS DO DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING

Edição: Adilson Gonçalves Fonte : Terra
Líderes da comunidade negra em Atlanta, nos Estados Unidos, celebram neste sábado os 50 anos da "Marcha de Washington" e do histórico discurso do ícone do movimento dos direitos civis, Martin Luther King Jr., ao lembrar que a luta pela igualdade das minorias continua nos Estados Unidos.
Foi nessa marcha, diante de mais de 250 mil pessoas, em frente ao monumento a Lincoln e sob o lema "Trabalhos e Liberdade", em 28 de agosto de 1963, que King fez o histórico discurso "Tenho um Sonho" sobre a igualdade racial e de oportunidades.
"A luta pelos direitos civis é muito relevante agora porque o doutor King foi pioneiro no uso da não violência como veículo da mudança social"
Steve Kleindiretor do Centro King
Essa manifestação, realizada no auge da luta pelos direitos civis dos negros e contra da segregação racial institucionalizada, exigia o acesso "pleno e justo" ao direito ao voto, empregos, casa e a educação integrada.
O Centro King em Atlanta, o maior arquivo mundial de arquivos sobre a vida e obra de Luther King e do movimento dos direitos civis, inaugurou neste sábado a "Exposição Global pela Liberdade" para celebrar seu legado e, sobretudo, fazer um chamado para que a luta pela justiça social continue.
"Estamos realizando este programa hoje em Atlanta porque é a comunidade na qual nasceu e cresceu Martin Luther King, e onde está enterrado e porque muitas pessoas não poderão assistir aos atos oficiais em Washington", disse em entrevista Steve Klein, diretor de comunicações do Centro King.
Muitos grupos defensores dos direitos humanos, dos imigrantes e dos latinos adaptaram as doutrinas de King", acrescentou. King e outros líderes da época desfraldaram a causa da justiça social, optando pela via pacífica para combater leis que segregavam brancos e negros nas escolas, cafeterias e restaurantes, ônibus, alojamentos e demais lugares públicos."A luta pelos direitos civis é muito relevante agora porque o doutor King foi pioneiro no uso da não violência como veículo da mudança social, começando pelo boicote dos ônibus em Montgomery (Alabama) na década de 1950", ressaltou Klein.
Segundo Klein, embora essa luta tenha produzido um grande avanço social para as minorias, "ainda há muito por fazer" e as comunidades negra e latina e demais grupos étnicos "devem se unir para repelir leis repressivas que assediam as minorias e buscam suprimir seu voto".

"Ao celebrar o 50º aniversário do discurso, devemos lembrar que Luther King lutou até seus últimos dias de vida e que as minorias e também os brancos oprimidos tem que criar uma nova e poderosa coalizão não violenta que encaminhe os Estados Unidos rumo à realização do sonho de Luther King", reforçou.
Os atos do Centro King, co-patrocinados pela cidade de Atlanta e um grupo de organizações cívicas, incluem shows ao ar livre, atividades para crianças e um filme sobre a marcha narrado pelo ator Denzel Washington.
A exposição culminará com uma vigília na qual os presentes depositarão velas flutuantes para iluminar a fonte cristalina que rodeia seu túmulo em Sweet Auburn em Atlanta, onde jazem seus restos desde 1977.
Essa cerimônia contará com a participação do presidente Barack Obama e seus antecessores democratas, Jimmy Carter e Bill Clinton; parentes de Luther King; líderes políticos, ativistas comunitários de todo o país e artistas internacionais, diz a página oficial dos atos "www.officialmlkdream50.com".
A marcha de Washington e o discurso de Luther King ajudaram a construir o caminho para a ratificação da vigésima quarta emenda da Constituição, que eliminou a restrição cobrada nas urnas e a aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proibiu a segregação racial em todas as instituições públicas e nos lugares de emprego.

DELEGAÇÃO DE FACULDADES E UNIVERSIDADES NEGRAS NORTE AMERICANA ESTÁ NO BRASIL EM BUSCA DE ACORDOS ACADÊMICOS

Edição: Adilson Gonçalves Fonte: Terra


Instituições querem aumentar o número de estudantes brasileiros nos Estados Unidos por meio do programa Ciência sem Fronteiras
Uma delegação representando 105 faculdades e universidades historicamente negras nos Estados Unidos (HBCUs, na sigla em inglês) chegaram ao Brasil nesta segunda-feira para uma visita de dez dias a universidades e escolas técnicas brasileiras em busca de acordos de intercâmbio acadêmico.
Parceira do Brasil desde o ano passado no programa federal Ciências Sem Fronteiras, as HBCUs receberam aproximadamente 350 alunos brasileiros neste semestre e esperam mais 150 no semestre para estudarem durante um ano nos EUA.
O chefe da comitiva e diretor da Iniciativa da Casa Branca para Faculdades e Universidades Historicamente Negras, Meldon Hollis, explicou que a meta do acordo é levar cerca de mil alunos no ano que vem para estudarem nas HBCUs pelo programa Ciências Sem Fronteiras, além de expandir acordos bilaterais entre as universidades dos dois países.
Nessas instituições é possível aprender também sobre a cultura e a história dos povos africanos
Meldon Hollisdiretor da Iniciativa da Casa Branca para Faculdades e Universidades Historicamente Negras
"Queremos que os brasileiros conheçam melhor nossas instituições e queremos conhecer melhor as instituições brasileiras. Já recebemos professores brasileiros e estamos providenciando bolsas para nossos estudantes e professores virem para cá", disse Hollis. "Alguns professores devem vir ensinar inglês aos alunos que estiverem indo estudar nas HBCUs que têm dificuldade com o idioma".
As HBCUs foram fundamentais para a inclusão de afro-americanos na formação de nível superior até 1964, quando uma lei federal (American Civil Rights Act) tornou ilegal a proibição de estudantes negros em instituições de ensino superior, prática exercida por vários estados no Sul dos EUA. Hollis, que é negro, disse que ainda estudante, na década de 1960, foi obrigado a se mudar da Georgia para Washington para fazer faculdade.
"Queria ser engenheiro, mas não havia universidades de engenharia para negros no estado onde eu morava. As universidades não aceitavam negros, então meu estado pagou para que eu estudasse em uma faculdade em outro estado", disse.
Hollis explicou que quase 50 anos depois da lei que possibilitou aos negros nos Estados Unidos frequentarem qualquer universidade, as HBCUs continuam a desempenhar um papel importante na inclusão social desse grupo, que ainda enfrenta obstáculos no acesso ao ensino superior.

"Embora tenhamos cerca de 3 mil instituições de nível superior nos EUA, a maioria dos estudantes negros vem das HBCUs. Na maioria dos estados onde existem HBCUs, essas instituições são as que mais empregam profissionais afro-americanos, que mais formam PhDs", disse ele, que citou o líder negro Martin Luther King e a apresentadora Oprah Winfrey como exemplos de personalidades negras americanas que se formaram em HBCUs.
Entre 60% e 70% dos mais de 300 mil estudantes das HBCUs são negros, segundo Hollis, que encontram nessas instituições apoio para superar preconceitos raciais e capacitação acadêmica. "Nessas instituições é possível aprender também sobre a cultura e a história dos povos africanos", completou.
A maioria dos brasileiros que cursam as HBCUs atualmente são brancos, mas o chefe da comitiva acredita que as futuras parcerias tendem a aumentar o número de estudantes negros nas instituições.
A diretora da área de Serviços Instrucional e para Estudantes da escola técnica J. F. Drake State, no Alabama, Patrícia Sims, acredita que as HBCUs podem contribuir para o empoderamento dos estudantes negros brasileiros. "O acesso é o que oferecemos de mais relevante e é o que queremos oferecer para os estudantes brasileiros", disse.
Para a representante da Universidade Jackson State, no Mississipi, Patricia Jernigan, assim como ocorre no Brasil, muitos estudantes negros, pela falta de acesso a boas escolas, não conseguem entrar na faculdade ou quando entram não conseguem concluí-la. "Nas HBCUs temos programas para garantir que esses alunos recebam todos os recursos necessários para concluir com sucesso os cursos em que estão", disse. "Nossas escolas recebem estudantes muito preparados, mas essas instituições foram especialmente criadas para receber alunos não tão preparados, por isso não recuamos em nossa missão. Esperamos que essa experiência que adquirimos possar ser útil para instituições no Brasil".
De acordo com a diretora da Faculdade de Administração da Universidade do Alabama, Le-Quita Booth, as HBCUs criam um ambiente de cuidado e proteção para afrodescendentes de outros países. "Nas demais universidades, ele (aluno negro) é apenas mais um estudante estrangeiro. Nas HBCUs é como se fosse acolhido por uma família e tomamos cuidado especial para garantir que o aluno tenha êxito no curso", disse.
No Rio, as instituições visitadas serão IBMEC, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), Pontifícia Universidade Católica (Puc-Rio), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
Além das visitas marcadas no Rio de Janeiro, o grupo tem reuniões agendadas com universidades em São Paulo, Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto, Uberlândia, Goiânia, Brasília, Juiz de Fora, Ouro Preto, Belo Horizonte e Salvador. Ao final do programa todos se reunirão em Brasília para encontros com representantes do Ministério de Educação.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

HÁ 50 ANOS, JAMES MEREDITH TORNAVA-SE O PRIMEIRO NEGRO A SE FORMAR EM DIREITO NA UNIVERSIDADE DE MISSISSIPI

Edição: Adilson Gonçalves Fonte: PCO

Em 18 de agosto de 1963, o estudante de militante da causa negra, James Meredith, se tornou o primeiro negro a se formar na Universidade do Mississipi, sul dos Estados Unidos, um dos estados mais conservadores e racistas dos EUA.
Dois anos antes o estudantes negro já havia causado revolta no estado em virtude de ter se inscrito na universidade. Ele enfrentou a ira e os protestos dos brancos racistas do Mississipi.
Ainda vivo, com 80 anos de idade, Meredith afirmou que o objetivo principal da ação era pressionar o governo a garantir e ampliar os direitos civis à população negra em todo o país.
Meredith nasceu em Kosciusko, no então segregado Mississipi. Depois de estudar em escolas só permitidas para negros, alistou-se nas Forças Armadas e serviu a Aeronáutica de 1951 a 1960.
No final de 1961 decidiu pedir transferência para a Universidade do Mississipi que à época estava sob os ditames da legislação racista do Estado, e assim só aceitava estudantes brancos. O Mississipi estava em desacordo com a decisão da Suprema Corte, que em 1954, no caso Brown vs. Education, já havia determinado que o racismo não poderia ser usado em instituições de ensino.
Obviamente a universidade não quis aceitar o rapaz, tendo deferido seu pedido após
Meredith provocar a justiça local e conseguir um parecer favorável. A decisão final só saiu através da Suprema Corte que, no mesmo ano, determinou a aplicação de seu pedido.
Sua entrada na universidade foi forçada e precisou de ajuda até mesmo das Forças Armadas. Vários conflitos foram registrados, e duas pessoas morreram, incluindo um jornalista francês encontrado morto com um tiro nas costas.
Após se formar, Meredith continuou seus estudos na Nigéria, voltou aos EUA para organizar marchas pelo direitos civis (como a "Marcha contra o Medo", de Memphis a Jackson, onde chegou a ser baleado).
Numa entrevista à CNN, por ocasião das comemorações do 40º aniversário do fim da segregação na Universidade do Mississipi, ele afirmou: “Naquela época eu estava envolvido numa guerra. Me considerava numa guerra desde o Dia 1 na universidade. E meu objetivo era colocar o governo federal – o governo John Kennedy, na época – numa posição em que eles teriam que usar a força militar dos Estados Unidos para garantir meus direitos como cidadão americano”.
A relação de Meredith com o Movimento Negro teve várias crises, sendo umas das maiores quando Meredith foi usado pelo Partido Republicano em diversas situações, sendo duramente criticado pelo movimento pelos direitos civis.