sexta-feira, 1 de março de 2013

ESPETÁCULO HOMENAGEANDO ABDIAS NASCIMENTO MARCA LANÇAMENTO DE PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS EM BARRA MANSA


Rodrigo Nascimento
interpreta Abdias Nascimento
Edição:Adilson Gonçalves
O grupo Amigos na Cultura apresentou nesta terça-feira, dia 26 de fevereiro, o espetáculo “Somos Todos Abdias do Nascimento” no Sesc Barra Mansa –RJ. A apresentação, por ora única, foi especialmente produzida para a abertura Oficial do Núcleo de Formação de Agentes Culturais da Juventude Negra (Nufac), em parceria com Ministério da Cultura e Fundação Palmares.
No espetáculo, Teatro, Dança e Audiovisual dialogam em uma narrativa biográfica divida em oito partes: Bairros, Infância, Lutas, Identidade, Plenitude, Arrependimentos, Convocação e Amigos, que gradativamente revelam o homenageado, interpretado pelos jovens artistas formados pelas oficinas dos projetos socioculturais realizados pelo grupo Amigos na Cultura.
Os Agentes Culturais selecionados para participarem dos cursos do Nufac estiveram presentes no evento, assim como o representante da Fundação Palmares – Martvs das Chagas, Universidade de Barra Mansa- da UBM-, Luís Fernando Vitorino, da Fundação CSN, Hélder e Eduardo Gonçalves, da Reprográfica Barrense – Antônio e Victor Dourando, autoridades, imprensa e representantes do movimento negro da região Sul Fluminense.


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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DELEGADO PROTÓGENES QUEIRÓZ VEM AO RIO PEDIR APOIO À LEI QUE FEDERALIZA CRIMES PRATICADOS CONTRA JORNALISTAS

Texto, fotos e edição: Adilson Gonçalves

O deputado federal Protógenes  Queiróz – PC do B- SP – veio  ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira, dia 26, especificamente pedir apoio  à  categoria para  a votação do seu projeto de lei 1078/12, que federaliza os crimes praticados contra jornalistas.  O encontro,  com alguns integrantes da classe,  ocorreu durante a reunião do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa -  ABI. Em sua explanação, o deputado afirmou que seu projeto de Lei “vem sofrendo boicote por não ser interessante a segmentos e setores do Parlamento Brasileiro.”
- O meu projeto não defende os jornalistas, mas a atividade jornalística. Pois a cada ano aumenta o número de profissionais mortos por desempenharem suas funções, que em sua totalidade vão de encontro a interesses obscuros, desonestos, seja a corrupção ou o crime organizado. Protegendo-se a atividade jornalística, com certeza, teremos um país melhor, umas sociedade depurada,  através da verdade- afirma o deputado.
Com exemplo emblemático do quanto é necessária a federalização dos crimes praticados contra jornalistas, o deputado Protógenes  Queiróz citou o caso Tim Lopes, assassinado por traficantes, no Complexo do Alemão em 2002:
-O caso somente foi esclarecido, mesmo assim não em sua totalidade, pois  além de uma grande profissional, querido  pela classe, Tim Lopes era funcionário da maior organização de comunicação do País, que mobilizou toda a sua máquina e  que provocou uma comoção pública, empreendendo uma verdadeira caçada humana ao Elias Maluco. Afinal a poderosa, teve sua suscetibilidade ferida, foi atingida em suas entranhas  por um reles  traficante, denominado Elias Maluco, que foi preso como símbolo do ato.   Quando eu digo que o crime não foi esclarecido em sua totalidade é porque temos informações de que nem todos os participantes do crime foram descobertos ou presos.  Qualquer criminoso, seja ele praticante de qualquer tipo crime, vai pensar duas vezes antes de atingir um profissional de imprensa, por causa sua atividade, seja para impedir sua conclusão ou por retaliação, pois sabe que será investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal,– afirma o parlamentar.
 O Deputado federal diz ainda que se não fossem estes fatores-  a maior organização de comunicação do país, a comoção pública e um crime praticado em uma grande metrópole, como o Rio de Janeiro -“o caso Tim Lopes não teria sido esclarecido, permanecendo sob o manto da impunidade.”
- Se isto acontece no Rio de Janeiro, imagine nos grotões do país, onde a atividade jornalística é mais desprotegida, e , portanto a segurança do profissional de imprensa  é fragilizada ou inexistente. Por isso tenho a certeza que a federalização dos crimes praticados
REMINISCÊNCIAS ESTUDANTIS
 O deputado e delegado da Polícia Federal  Protógenes Queiróz já foi coleguinha, literalmente, inclusive sabendo das agruras da profissão: na década de 70, aos 15 anos, editou e redigiu o Jornal Alerta Geral, no Colégio Dom Helder Câmara, em São Gonçalo. Entre outras matérias polêmicas, duas provocaram a apreensão de exemplares, da matriz e  até busca domiciliar pelos órgãos de repressão: uma que questionava somente a indicação de militares para a presidência da República e outra que cobrava o paradeiro dos estudantes  durante o regime militar, entre eles Fernando Santa Cruz, estudante da UFF.
- Acho que não fomos presos e o caso não teve maiores consequências por causa de nossa idade.  Com eu era o editor do jornal, a implicância maior deles foi comigo, mas como meu pai era militar e peitou os agentes,  o caso parou por ali mesmo-, ri  o deputado.
Em sua cruzada pela aceleração do prazo de  votação da lei criada por ele, o deputado Protógenes  Queiróz  se colocou  à disposição do SJPMRJ, para expor à categoria  os detalhes da lei  1078/12.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ESTUDANTE NEGRO DA UFRJ É COAGIDO A SAIR DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE DE UNIVERSITÁRIOS


Edição: Adilson Gonçalves fonte e texto:  Chico Motta, da Revista Virus Planetário
Na terça-feira dia (26/02) , às 22h, voltando do IFCS onde assistia aula, o estudante Filosofia negro, Aparecido de Jesus Silva, foi coagido pelo motorista do ônibus universitário para que saísse.
Aparecido relata que pegou o ônibus de número 160, placa KXW 4619, para o alojamento no terminal Rodoviário da Cidade Universitária. Ao entrar pela traseira do ônibus (que é gratuito) e sentar ao fundo, o estudante teria visto o condutor gesticular com as mãos e perguntar: “Você vai para onde?”  “o motorista Parecia nervoso com minha presença”, afirma o estudante que continuou sentado não percebendo que era com ele.
Ao parar em um ponto em que alguns passageiros desceram, o condutor então teria aberto a porta dos fundos e reclamado: “Não vai descer não”? No mesmo ponto, outros passageiros que iriam em direção ao alojamento entraram no ônibus e de acordo com o estudante de filosofia, por serem “socialmente considerados brancos e ele [o motorista] não lhes perguntou nada”.
A situação se agravou quando chegaram ao ponto da Prefeitura. De acordo com os relatos o condutor teria aberto a porta do ônibus e dito: “você vai para onde? Desce do ônibus!”. Surpreso, aparecido perguntou se era com ele “ É com você mesmo!! estou indo para o alojamento e você não vai ficar andando de graça. Desce do ônibus!”, teria gritado o motorista. Não satisfeito com a coação moral, percebendo o caráter racista da mesma, Aparecido respondeu que o condutor deveria continuar a viagem pois era a função dele. Foi então que o motorista teria o ameaçado: “Você não vai descer não? Quando chegar no ponto final você vai se arrepender”, repetiu por diversas vezes.
O estudante afirma que não se deixou abalar e, de acordo com o seu próprio relato, teria dito:  “Qual é o seu problema? Porque você não perguntou nada para as outras pessoas? Você é racista. Posso chamar a PM e prender você agora. Onde está a placa com o seu nome”.
Aparecido informa ainda que durante esse percurso final da viagem o motorista teria ironizado as iniciativas de pegar o seu nome e a placa do carro. “Ele me ameaçou. Quero saber como vai ficar minha segurança aqui na Universidade (UFRJ) que estudo.” reclamou o estudante.
Procurada por nossa equipe de reportagem, a assessoria de imprensa da UFRJ informa que já recebeu a reclamação na ouvidoria e estaria buscando as informações pertinentes para realizar as medidas cabíveis ao caso.
Atualização 1: A Assessoria de Imprensa da UFRJ informou que os ônibus universitários são gratuitos para todos que circularem pelo Campus e que o serviço é  terceirizado, no entanto as medidas serão tomadas.
Atualização 2:  Aparecido de Jesus Silva é do sertão da Bahia, trabalhou como pedreiro a vida toda, alfabetizou-se através do programa EJA, que é de alfabetização de jovens e adultos, fez
pré- vestibular comunitário e passou pra o curso de Filosofia na UFRJ sendo o único Negro da turma.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

APÓS QUASE 150 ANOS, FILME LINCOLN PROVOCA A ABOLIÇÃO OFICIAL DA ESCRAVIDÃO NO MISSISSIPI

Edição: Adilson Gonçalves
Fonte: Ópera Mundi

O 16° presidente dos EUA, Abraham Lincoln
aboliu a escravidão no país em 1864
Estado já havia ratificado a 13° Emenda em 1995, mas nunca havia entregue a cópia ao Arquivo Federal

Quase 150 anos após o presidente dos EUA durante a Guerra Civil Americana, Abraham Lincoln, ter abolido a escravidão no país, o estado de Mississippi ratificou a 13° Emenda constitucional e, assim, oficializou a liberdade dos negros na região.

Tudo começou quando Ranjan Batra, professor de neurobiologia na Universidade de Mississippi, assistiu em novembro ao filme "Lincoln", dirigido por Steven Spielberg e nominado a várias estatuetas do Oscar. Na história – e na vida real – o presidente e o Congresso aprovam a medida que dá um fim à escravidão, mas cada um dos 36 estados de então deveriam fazê-lo individualmente.
Os três quartos necessários para a lei entrar em vigor foram atingido quando a Georgia ratificou o decreto, em 1865. Os últimos foram New Jersey, em 1866; Delaware, em 1901; e Kentucky, em 1976. Mas o estado de Mississippi continuava com um asterisco ao lado de seu nome na lista, escrito que havia “ratificado a emenda em 1995, mas como o estado nunca havia oficialmente notificado o arquivista federal, a decisão não era oficial”.

E foi justamente isso que Batra descobriu quando saiu da sala de cinema se perguntando quando cada estado havia concordado com a lei. De origem indiana e nacionalizado norte-americano em 2008, consultou seu colega de trabalho Ken Sullivan e descobriu o site usconstitution.net e o atraso do estado.

Batra e Sullivan entraram em contato com o secretário de Estado do Mississippi, Delbert Hosemann, para que finalizasse o processo - que nunca chegou ao fim porque o secretário de 1995, quando a lei passou no Senado e na Câmara, por motivos desconhecidos não enviou uma cópia ao Registro Federal. No dia 7 de fevereiro de 2013, o estado do Mississippi - historicamente conhecido pelo conservadorismo dos Estados Confederados do sul e pelo trabalho escravo nas plantações de algodão - oficialmente aboliu a escravidão.

* Com informações de The Clarion Ledger 

NESTE SÁBADO, DIA 2 DE MARÇO, ÀS 12 HORAS, A ÚLTIMA CHANCE DE ASSISTIR À REPRISE DA ENTREVISTA DE CARLOS ALBERTO CAÓ NO PROGRAMA ESPELHO DE LÁZARO RAMOS


 Edição, textos e fotos: Adilson Gonçalves
Carlos Alberto Caó, jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas, ex-secretário estadual de trabalho e Habitação do governo Brizola e deputado federal constituinte e autor da lei que criminaliza o racismo é o entrevistado do ator Lázaro Ramos no Programa Espelho. Na entrevista, Caó falou de sua chegada ao Rio e entre outros fatos, revelou como impediu o cancelamento da primeira visita ao Brasil do recém liberto Nelson Mandela, devido às péssimas condições de estadia e segurança em que a equipe que havia chegado antes ao Brasil para avaliação se encontrava. Ainda durante a conversa Caó e Lázaro descobriram ser quase parentes, com Caó lembrando ainda ter visto Lázaro criança, ao ficar escondido alguns dias na casa dos pais de Lázaro durante o regime militar.Assista o Programa Espelho no Canal Brasil toda segunda às 21h30, terça às 3h30 e 7h30 e sábado às 12h.