sexta-feira, 9 de agosto de 2013

NESTE DOMINGO NO CANAL GNT: HERALDO PEREIRA CHAMA PAULO HENRIQUE AMORIM DE EX-COLEGA E FALA DO PROCESSO DE RACISMO GANHO CONTRA ELE

 Edição: Adilson Gonçalves Fonte: Terra
O programa Marília Gabriela Entrevista, exibido no GNT, do próximo domingo (11), traz como convidado o jornalista Heraldo Pereira. Recentemente, ele ganhou um processo de injúria contra o também jornalista Paulo Henrique Amorim e falou sobre a questão na atração. Heraldo e Gabi também conversaram sobre os trabalhos mais importantes do entrevistado, planos pessoais, política e preconceito racial no Brasil.
Sobre o processo, Heraldo explicou o que o levou a procurar a Justiça. “Esse ex-colega disse que eu era 'negro da alma branca' e que eu não tinha virtude nenhuma para estar onde estou, além do fato de eu ser um negro de origem humilde”, contou, sobre os comentários que Amorim fez em uma página de internet em 2009.
“No meu entendimento, isso se caracteriza como um crime de racismo. Houve uma mudança na tipificação, na condenação do crime, e ele foi condenado por injúria racial, que é um outro crime. A diferença é que o crime de racismo é considerado pelos juízes como um crime que atinge a toda uma comunidade e o crime de injúria racial é quando eu quero ser discriminador e atingir apenas uma pessoa. É apenas uma questão técnica do Direito”, explicou o jornalista.
“Ainda há possibilidade de recurso, mas eu entendo que se fez justiça e vamos continuar tentando fazer com que esta decisão transite julgado definitivamente”, completou.
Heraldo Pereira começou sua carreira jornalística na televisão aos 18 anos, em uma emissora de Ribeirão Preto (SP), sua cidade-natal. Aos 24, em 1985, começou a trabalhar na TV Globo e, em 2001, assumiu a apresentação de dois noticiários locais em Brasília, onde cobria principalmente questões políticas. No ano seguinte, o jornalista se tornou o primeiro negro a apresentar de modo permanente o Jornal Nacional, onde ele ainda faz aparições pontuais. Atualmente, ele é comentarista do Jornal da Globo, posto que ocupa há seis anos. Além de seguir a carreira jornalística, Heraldo é mestre em Direito Constitucional.


Um comentário:

  1. Até hoje não entendi como é que passaram a dar esta interpretação do crime de racismo aqui no Brasil. Uma interpretação casuística, que não conheço nem em roubo nem estupro ou qualque outro crime.
    Racismo é racismo e todo injuriado racialmente é vítima do crime de racismo.

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