sexta-feira, 10 de maio de 2013

TETRACAMPEÃO MUNDIAL, ROQUE JÚNIOR AFIRMA HAVER RACISMO NO FUTEBOL


Edição: Adilson Gonçalves Fonte Uol
Aos 36 anos, Roque Júnior se prepara para começar na terceira carreira dentro do futebol. Depois de jogador e dirigente, o ex-zagueiro, campeão no Palmeiras e na seleção brasileira, agora quer ser técnico. No último domingo, embarcou para a Itália, onde fará um curso da Uefa para se habilitar para trabalhar na Europa. 
“Eu tenho vontade de trabalhar lá fora, sonho. Me adaptei bem quando jogador. Se tiver oportunidade de começar lá, vou, mas se tiver aqui também”, planeja.
Além do que classifica como “ voltar a sentir a adrenalina” que o futebol lhe traz, a chance de competir e ser treinador no Brasil serviria para o ex-zagueiro quebrar o que vê como uma barreira: o racismo velado. Num esporte onde a população média de jogadores profissionais é miscigenada, são raros os exemplos de treinadores negros e pardos.“Eu acho que é uma barreira a ser quebrada. Vejo que existe, sim, racismo, mas que é algo que não está isolado da sociedade. Qual o percentual de negros e pardos na população? Mais de 50%. E entre doutores? Li outro dia que não chega a 20%. No futebol é igual. Entre posições de comando, dirigentes, técnicos é raro”, afirma o futuro técnico.
“Vejo o conhecimento como uma arma para vencer isso. Você tem que se preparar, estar habilitado. Foi o exemplo que tive em casa, da minha família e que vou seguir. Minha mãe é professora, tenho uma tia doutora. O conhecimento ajuda a quebrar essas barreiras”, completa.
Quando ainda trabalhava como dirigente do seu clube, o Primeira Camisa, Roque Júnior fez um MBA em gestão e marketing esportivo. O projeto de uma equipe que trabalhava com categorias de base em São José dos Campos foi congelado no ano passado.

Quando teve certeza que queria ser técnico, Roque Júnior decidiu ver de perto como se trabalhava nos modelos que mais admira. Por isso, em outubro de 2012 arrumou as malas e passou quase dois meses na Europa. Porto, Bilbao e Dortmund foram os destinos. 
“Queria entender o que caras como Bielsa (do Athletic Bilbao) e Klopp (do Borussia Dortmund) estavam fazendo. Fui ver treinos, o trabalho do dia a dia e jogos”, conta Roque Júnior.
Conhecido de um argentino que é auxiliar de Bielsa, ele conseguiu acompanhar duas semanas de trabalho do treinador, ex-comandante da seleção, tido por ninguém menos do que Pep Guardiola como um dos melhores do mundo.
“Não tive muito contato com ele. Nessas horas, eu entendo que você tem que preservar uma certa distância. O mais importante que vi é que o treino é a chave dos caras, a chave de tudo. O treino é fundamental. A interação dele no trabalho é muito importante, como orienta cada trabalho”, lembra.
Com Klopp, que levou o Borussia Dortmund para a final da Liga dos Campeões, houve mais interação. “Conhecia ele da minha época de jogador, conversamos. Mas o melhor foi ver os treinos e o resultado no jogo. Eram trabalhos muito intensos, com cobrança muito grande. Tinha treinos em que os jogadores precisavam trocar de mentalidade muito rapidamente, mudavam de atacar para defender de forma rápida”, diz
TÉCNICOS NA ITÁLIAM, ZÉ MARIA E CÉSAR CRITICAM FORMAÇÃO NO BRASIL
Um caminho muito mais difícil, longo e que exige um repertório cultural maior que no Brasil. Foi essa a via escolhida pelos ex-laterais da seleção brasileira Zé Maria e César para se tornarem técnicos de futebol: a escola italiana, considerada uma das mais renomadas do mundo para a função. O processo para ser técnico no país tetracampeão mundial é simples: tem de fazer um curso da FIGC (Federação Italiana de Futebol), que tem três estágios, com duração de um ano cada. A permissão para comandar times de diferentes categorias varia de acordo com o tempo feito de curso. César, ex-São Caetano e Corinthians, jogou na Itália de 2001 a 2009. Passou por Lazio, Inter de Milão e Bologna, entre outros. Até que decidiu fazer o curso para treinador. Fez apenas o primeiro ano, que permite ser auxiliar técnico de quem se formou, ou comandar times de base. Atualmente César é técnico do time sub-17 da Lazio 

2 comentários:

  1. O Racismo do Flamengo e da Caixa Economica Federal contra a mulher negra afro brasileira.
    O Flamengo é o time de futebol que tem a maior torcida do Brasil, o que mais se identifica se com a raça negra afro-brasileira, o rubro negro sempre teve em seu plantel jogadores que são sempre em sua maioria são afrodescendentes. O Flamengo também é o time que teve o maior número de técnicos afros, assim como seus ídolos, principalmente a festa da arquibancada e a forte presença negra junto à todas raças num maravilhoso espetáculo que o Mundo inteiro conhece, mas lamentavelmente os dirigentes flamenguistas tiveram um comportamento preconceituoso e discriminatório, realmente racista. Isto ficou explícito na apresentação do novo patrocinador a Caixa Econômica Federal com duas belas modelos uma garota loira e uma branca, apresentando o uniforme do Flamengo com a logomarca da Caixa Econômica. Por que estes acham que só este padrão de beleza é o ideal para representar o “Imaginario Brasileiro”? Quando exclui cruelmente a mulher negra, parda e as afros brasileiras, que segundo o IBGE são quase 70% da população feminina brasileira no país. Nosso país vai sediar a Copa do Mundo 2014 e Olimpiadas2016, onde comete-se uma gafe criminosa, porque no ” Brasil Racismo é Crime” não so contra a mulheres, mas sim contra as crianças que são preteridas desprezadas e desprestigiadas é o exemplo “uma prova cabal deprimente” promovidos visivelmente pelos dirigentes do Flamengo, o seu presidente Eduardo Bandeira de Mello, o vice-presidente de marketing de Luiz Eduardo Baptista e a Caixa Econômica Federal .
    No dia 13 maio vai completar 125 anos da Abolição da Escravatura no Brasil. O país do samba , futebol e Carnaval onde os reis são negros, que dão destaque especial dos brasileiros para o Mundo, infelizmente em nosso país a mulher negra é excluida margilizada e até humilhada, com inumeros relatos na midia no mercado de trabalho. O que as restringe, principalmente as jovens, recentemente o Flamengo e a Caixa Economica Federal que são patrimonios nacionais fizeram e cometeram um Genocídio Étnico, reafirmando o Holocausto do povo afro brasileiro e contra fatos não há argumentos, houve um Homicídio culposo, mas com efeito de Homicídio doloso, porque estiguimatiza o conceito de inferioridade e padronização de beleza brasileira e gostos antagônicos a comunidade negra afro brasileira, esta segregação racial e a Instituição cruel perversa da elite e sua Vassalagem e não há ressalvas as tiranias da peseuda democracia que mandam e desmandam, desrespeitam e ignoram o bom senso e a razão, bradam a receita “Não Somos Racistas” dizendo “que não existem raças”, mas por que só os negros e negras são discriminadas? O Flamengo e a Caixa Economica Federal deveriam no mínino um pedido de desculpas, por respeito e solidariedade as mulheres negras afro brasileiras, que juntos as brancas loiras e amarelas fazem parte desta nação Patria amada Brasil! ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O.N.N.Q. 20/11/1970 -quilombonnq@bol.com.br

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  2. Interessante Muito obrigado pelo seu comentário, caro Jama libya.

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