quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DELEGADO PROTÓGENES QUEIRÓZ VEM AO RIO PEDIR APOIO À LEI QUE FEDERALIZA CRIMES PRATICADOS CONTRA JORNALISTAS

Texto, fotos e edição: Adilson Gonçalves

O deputado federal Protógenes  Queiróz – PC do B- SP – veio  ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira, dia 26, especificamente pedir apoio  à  categoria para  a votação do seu projeto de lei 1078/12, que federaliza os crimes praticados contra jornalistas.  O encontro,  com alguns integrantes da classe,  ocorreu durante a reunião do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa -  ABI. Em sua explanação, o deputado afirmou que seu projeto de Lei “vem sofrendo boicote por não ser interessante a segmentos e setores do Parlamento Brasileiro.”
- O meu projeto não defende os jornalistas, mas a atividade jornalística. Pois a cada ano aumenta o número de profissionais mortos por desempenharem suas funções, que em sua totalidade vão de encontro a interesses obscuros, desonestos, seja a corrupção ou o crime organizado. Protegendo-se a atividade jornalística, com certeza, teremos um país melhor, umas sociedade depurada,  através da verdade- afirma o deputado.
Com exemplo emblemático do quanto é necessária a federalização dos crimes praticados contra jornalistas, o deputado Protógenes  Queiróz citou o caso Tim Lopes, assassinado por traficantes, no Complexo do Alemão em 2002:
-O caso somente foi esclarecido, mesmo assim não em sua totalidade, pois  além de uma grande profissional, querido  pela classe, Tim Lopes era funcionário da maior organização de comunicação do País, que mobilizou toda a sua máquina e  que provocou uma comoção pública, empreendendo uma verdadeira caçada humana ao Elias Maluco. Afinal a poderosa, teve sua suscetibilidade ferida, foi atingida em suas entranhas  por um reles  traficante, denominado Elias Maluco, que foi preso como símbolo do ato.   Quando eu digo que o crime não foi esclarecido em sua totalidade é porque temos informações de que nem todos os participantes do crime foram descobertos ou presos.  Qualquer criminoso, seja ele praticante de qualquer tipo crime, vai pensar duas vezes antes de atingir um profissional de imprensa, por causa sua atividade, seja para impedir sua conclusão ou por retaliação, pois sabe que será investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal,– afirma o parlamentar.
 O Deputado federal diz ainda que se não fossem estes fatores-  a maior organização de comunicação do país, a comoção pública e um crime praticado em uma grande metrópole, como o Rio de Janeiro -“o caso Tim Lopes não teria sido esclarecido, permanecendo sob o manto da impunidade.”
- Se isto acontece no Rio de Janeiro, imagine nos grotões do país, onde a atividade jornalística é mais desprotegida, e , portanto a segurança do profissional de imprensa  é fragilizada ou inexistente. Por isso tenho a certeza que a federalização dos crimes praticados
REMINISCÊNCIAS ESTUDANTIS
 O deputado e delegado da Polícia Federal  Protógenes Queiróz já foi coleguinha, literalmente, inclusive sabendo das agruras da profissão: na década de 70, aos 15 anos, editou e redigiu o Jornal Alerta Geral, no Colégio Dom Helder Câmara, em São Gonçalo. Entre outras matérias polêmicas, duas provocaram a apreensão de exemplares, da matriz e  até busca domiciliar pelos órgãos de repressão: uma que questionava somente a indicação de militares para a presidência da República e outra que cobrava o paradeiro dos estudantes  durante o regime militar, entre eles Fernando Santa Cruz, estudante da UFF.
- Acho que não fomos presos e o caso não teve maiores consequências por causa de nossa idade.  Com eu era o editor do jornal, a implicância maior deles foi comigo, mas como meu pai era militar e peitou os agentes,  o caso parou por ali mesmo-, ri  o deputado.
Em sua cruzada pela aceleração do prazo de  votação da lei criada por ele, o deputado Protógenes  Queiróz  se colocou  à disposição do SJPMRJ, para expor à categoria  os detalhes da lei  1078/12.



Nenhum comentário:

Postar um comentário