sábado, 14 de abril de 2012

PROJETO CULTURA NEGRA EM CENA JÁ ESTÁ EM CARTAZ NO TEATRO GLAUCE ROCHA NO RJ


Lázaro Ramos é o diretor de  Nambia Não
Edição: Adilson Gonçalves
De abril a julho deste ano, o Teatro Glauce Rocha, da Funarte, recebe o projetoLinguagens Brasileiras – Cultura Negra Em Cena, da JLM Produções. Vencedora do edital de ocupação do espaço, a programação inclui espetáculos de teatro para o público adulto e infantil, além de oficinas e debates sobre a temática negra.
Galanga, Chico Rei, da dupla Paulo César Pinheiro e João das Neves, abriu a temporada, no dia 12 de abril, às 19h. A partir da história de Chico, rei de uma tribo do Congo que vem para o Brasil como escravo e se torna herói, o espetáculo propõe uma revisão da história tradicional.  A montagem fica em cartaz até 15 de abril, de quinta a sábado, às 19h; e domingo, às 18h.
Aldri Anunciação, autor e
 um dos atores da peça
Com direção de Lázaro Ramos, Namíbia, Não! faz uma crítica social em torno da segregação racial. O espetáculo, de Aldri Anunciação, que é também um dos atores da peça, ocupa o Glauce Rocha de 19 de abril a 27 de maio. Às quartas-feiras, 50% dos ingressos serão vendidos a R$ 1. Os outros 50% serão reservados para ONGs e escolas públicas. Além disso, nesse dia, após a apresentação, haverá debate com os atores e palestrantes convidados.
Na sequência, de 31 de maio a 29 de julho, o público poderá assistir ao espetáculo Besouro Cordão de Ouro, que repete a dobradinha Paulo César Pinheiro e João das Neves, respectivamente, autor e diretor do musical. Besouro se baseia na história do maior capoeirista da Bahia para recriar o clima e a cultura dos rituais afro-brasileiros.
Para o público infantojuvenil, há uma montagem inédita: a peça Histórias de Jilú, baseada em conto do antropólogo José Flávio Pessoa de Barros, e que aborda de forma lúdica a história das lendas dos orixás para criança. Outra atração é o Fuzuê, da Cia. de Dança de Aruanda. No espetáculo, além de dança e música ao vivo, tem contação de histórias sobre a temática negra.
A programação conta, ainda, com oficinas gratuitas de Tambor Mineiro (dia 11 de abril); Capoeira (dias 6, 13, 20 e 27 de junho) e Dança Afro (dias 4, 11, 18 e 25 de julho). Serão oferecidas 20 vagas em cada uma das oficinas e as inscrições poderão ser feitas pelo e-mailoficinaslinguagensbrasileiras@gmail.com .
Programação
Cena da Galanga Chico Rei
‘Galanga, Chico Rei’
De 12 a 15 de abril – de 5ª a sab, às 19h; e domingo, às 18h
De Paulo César Pinheiro
Direção: João das Neves
Direção Musical: Titane
Elenco: Maurício Tizumba, Alysson Salvador, Bia Nogueira, Denilson Tourinho, Evandro Passos, Everton Coroné, Felipe Gomes, Kátia Aracelle, Lucas Costa, Maíra Baldaia, Rodrigo Jerônimo e Wellison Pimenta
Recomendado para maiores de 12 anos
‘Namíbia, Não!’
De 19 de abril a 27 de maio – de 4ª a sab, às 19h; e domingo, às 18h
De Aldri AnunciaçãoDireção: Lázaro Ramos
Sérgio Menezes é um dos atores de Namíbia Não
Supervisão: Luiz Antônio Pilar
Elenco: Aldri Anunciação e Sérgio Menezes
Classificação: 14 anos
Classificação: livre
‘Fuzuê’
De 21 de abril a 27 de maio – sábados e domingos, às 15h
Cia. de Dança de Aruanda
Classificação: livre
‘Histórias de Jilú’
De 2 de junho a 29 de julho – sábados e domingos, às 15h
Espetáculo inédito para infância e juventude
Texto original: José Flávio Pessoa de Barros
Dramaturgia: Rodrigo De Roure
Direção: Renato Carrera
Elenco: Ana Carbatti, , Dário Firmino, Daniel Braga, Hugo Germano e Isabel Pacheco
Classificação: livre
Iléa Feraz em o Besouro Cordão de Ouro


‘Besouro Cordão de Ouro’
De 31 de maio a 29 de julho – de 5ª a sab, às 19h; e domingo, às 18h
De Paulo César Pinheiro
Direção: João das Neves
Direção Musical: Luciana Rabello
Elenco: Alan Rocha, Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Gilberto Santos da Silva (Laborio), Ilea Ferraz,  Letícia Soares, Marcelo Capobiango, Maurício Tizumba, Raphael Sil, Sérgio Pererê, Valéria Monã, Victor Alvim (Lobisomem), William de Paula e Wilson Rabelo
Classificação: livre
‘Fuzuê’
De 21 de abril a 27 de maio – sábados e domingos, às 15h
Cia. de Dança de Aruanda
Classificação: livre

Oficinas
Tambor Mineiro, com Maurício Tizumba
11 de abril
Horário: das 10h às 14h
Gratuita
20 vagas
Inscrições pelo e-mail oficinaslinguagensbrasileiras@gmail.com
Capoeira
6, 13, 20 e 27 de junho
Horário: das 14h às 18h
Gratuita
20 vagas
Inscrições pelo e-mail oficinaslinguagensbrasileiras@gmail.com
Dança Afro
4, 11, 18 e 25 de julho
Horário: das 14h às 18h
Gratuita
20 vagas
Inscrições pelo e-mail oficinaslinguagensbrasileiras@gmail.com
Projeto Linguagens Brasileiras – Cultura Negra Em Cena
Contemplado no Edital de Ocupação do Teatro Glauce Rocha/2012
Período de ocupação: de abril a julho de 2012
Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179 – Centro
Rio de Janeiro (RJ)
Telefone: (21) 2220 0259

ASSASSINO DE TRAYVON MARTIN SERÁ INDICIADO PELA JUSTIÇA DA FLÓRIDA NO DIA 29 DE MAIO


Edição Adilson Gonçalves/Fonte Folha de São Paulo
A Justiça do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, indiciará em 29 de maio o vigilante voluntário George Zimmerman, acusado de matar o jovem negro Trayvon Martin, 17, em um condomínio de Sanford em 26 de fevereiro. Nesta quinta, Zimmerman foi a sua primeira audiência no processo em que é acusado por homicídio doloso. Durante a passagem pelo tribunal, o vigilante apenas respondeu às perguntas dos promotores sobre a acusação. O juiz Mark E. Herr, responsável pelo caso, afirmou que há motivos para seguir com o caso e o indiciamento acontecerá em 29 de maio, antes de outra audiência.
Reverendo Al Sharpton (à esq.), irmão de Trayvon Martin,
Jahvaris Fulton, e sua mãe, Sybrina Fulton
Depois da sessão onde foram apresentadas as acusações, o advogado de defesa do vigilante, Mark O' Hara, disse estar preocupado com a forma que o caso está sendo tratado pela opinião pública americana, a partir de detalhes que saem de forma Mais cedo, o defensor afirmou que Zimmerman está nervoso, cansado e com esperanças de conseguir liberdade sob pagamento de fiança, mas que não tem preocupações sobre o estado mental de seu cliente.
Nesta quinta-feira, a mãe de Trayvon Martin, Sybrina Fulton, afirmou à agência de notícias Associated Press que o encontro entre seu filho e o vigilante foi um acidente, mas que os disparos foram um "assassinato". "Eles nunca deveriam ter se encontrado".

ENTREGA

Zimmerman se entregou nesta quarta-feira à polícia de Sanford, na Flórida. Ele foi acusado pela Promotoria por homicídio pelo crime, que aconteceu em 26 de fevereiro. Membros da Promotoria da Flórida afirmam que ele será interrogado nesta quinta (12). Caso seja condenado pela morte do jovem, Zimmerman poderá ser punido de 25 anos de reclusão a prisão perpétua. A promotora Angela Corey, que anunciou as acusações, afirmou não ter agido sob a pressão da opinião pública. "Não podemos fazer nosso trabalho a pedido de alguém. Nos baseamos nos fatos em casa caso de acordo com as leis do Estado da Flórida". O advogado de Zimmerman, Martin O'Hara, afirmou não ter preocupações sobre o estado mental de seu cliente. A defesa afirma que aplicará a polêmica lei "Stand Your Ground", existente na Flórida, para provar que o vigilante não é culpado.

A medida permite responder em liberdade ao processo e não pune quem causa a morte de outra pessoa após receber uma ameaça de morte ou lesão corporal grave. No primeiro depoimento à polícia, quando ocorreu o crime, o vigia alegou ter atuado em legítima defesa, o que o deixou em liberdade. A saída de Zimmerman foi a responsável pela eclosão dos protestos em diversas cidades americanas contra a lei. O caso gerou comentários da ONU (Organização das Nações Unidas) e do presidente Barack Obama, dizendo que, se tivesse um filho homem, ele seria como Trayvon. Martin foi listado como vítima de racismo por grupos de direitos humanos e manifestantes do movimento negro americano.Do outro lado, os apoiadores de Zimmerman, americano de origem peruana, afirmaram que o vigilante é símbolo do caráter americano e tentaram mostrá-lo como o protetor da comunidade que arrisca a própria vida para salvar os vizinhos.

George Zimmerman ouve acusações de homicídio
 doloso por morte de Trayvon Martin
ALÍVIO 

Os pais de Trayvon Martin expressaram alívio pela acusação do vigilante. "A pergunta que eu gostaria de fazer a ele é, se ele poderia olhar nos olhos de Trayvon e ver o quão era inocente, ele teria puxado o gatilho? Ou deixaria ele ir para casa", afirmou seu pai, Tracy Martin. Na terça, George Zimmerman fez sua primeira declaração pública, em uma página que criou na internet. O vigilante explica que o acontecimento mudou sua vida. "Fui forçado a deixar minha casa, minha escola, meu trabalho, minha família e, em última instância, minha vida inteira", relata Zimmerman na página, que mantém como fundo de tela uma bandeira americana. No site, o vigilante explica muito brevemente: "No domingo 26 de fevereiro me vi envolvido em um acontecimento daqueles que mudam a vida (de uma pessoa) e que me tornou alvo de uma intensa cobertura midiática".

quarta-feira, 11 de abril de 2012

LULA RECEBE EM SEU INSTITUTO O PRÊMIO AFRICARE 2011, APÓS RECUPERAÇÃO DO CÂNCER



Edição: Adilson Gonçalves/ Fonte: Instituto Lula/ Foto: Heinrich Aikawa
Christian Isely, Darius Mans e Lula. 
O presidente da Africare, Darius Mans, e o diretor da Africare para Angola, Christian Isely, estiveram na sede do Instituto Lula e formalizaram a entrega do Prêmio Africare 2011 ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu em 9 de novembro do ano passado, nos Estados Unidos, mas Lula não pôde participar por estar em tratamento contra o câncer. O prêmio é concedido anualmente às personalidades que se destacaram na atuação pelo desenvolvimento da África.
No encontro, Lula agradeceu aos dirigentes da Africare e afirmou: “essa é uma importante honraria, prova de que devemos trabalhar ainda mais para reforçar os laços do Brasil com a África”.
Os dois dirigentes da Africare também participaram de uma reunião de trabalho com a diretora do Instituto Lula, Clara Ant, e os colaboradores Celso Marcondes e Leonardo Martins. O presidente Darius Mans propôs que os dois institutos atuassem em conjunto nos programas de apoio ao combate à fome e à miséria na África, em particular nos referentes ao incentivo à agricultura familiar. Destacou também programa de merenda escolar que desenvolvem no Cabo Verde e para o qual buscam o suporte da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
Os dirigentes da Africare fizeram outros honrosos convites ao ex-presidente Lula, para que ele se aproximasse ainda mais da instituição na luta por melhores condições de vida dos povos africanos.
O diretor Christian Isely, hoje sediado na base da Africare em Angola, informou que a partir de julho será o responsável pelo escritório a ser aberto pela entidade no Rio de Janeiro com o objetivo de incentivar os programas desenvolvidos no Brasil.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

GOVERNO PAULISTA INTENSIFICA PROGRAMA SÃO PAULO CONTRA O RACISMO


Edição Adilson Gonçalves/Fonte Governo do Estado de São Paulo
Antonio Carlos, coordenador de Políticas para a População Negra e Indígena, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, reuniu-se com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo e a Polícia Civil para intensificar o 2º ano do Programa São Paulo Contra o Racismo.
O encontro tratou da importância de campanhas com caráter educativo para reduzir o número de crimes de racismo, em especial nos grandes eventos esportivos a caminho do Brasil – Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016) –, e definir ações afirmativas ao programa.
Esportes
A Secretaria do Esporte Lazer e Turismo promove os jogos regionais em todo o Estado. Durante a reunião, com os delegados municipais para organização dos jogos deste ano, Arruda aproveitou para incluir a competição no Programa São Paulo Contra o Racismo.
A logomarca do programa será inserida nos diversos materiais utilizados nos jogos, nos uniformes dos atletas, em banners, cartazes e outros meios de divulgação. "Essa etapa da campanha tem papel educativo. Vamos também elaborar palestras para jovens atletas", disse Arruda.
A área esportiva enfrenta problemas de discriminação racial, principalmente, em campo onde ocorre alta tensão entre os competidores. "Mesmo nas situações de extrema tensão dos jogos, não deve haver racismo. Por isso, precisamos orientar e educar os atletas", explicou o coordenador.
Racismo no esporte é um problema internacional. "Jogares e atletas sofrem preconceito não só no Brasil, mas também na Europa e Estados Unidos", disse Arruda.
Polícia Civil
Em seguida, Arruda foi ao Palácio da Polícia Civil para levar o programa ao alto comando da instituição. No encontro, o coordenador da Secretaria apresentou propostas de combate ao racismo ao delegado geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, e a todos diretores de polícia do Estado de São Paulo.
A partir de agora, sempre que qualquer delegacia do Estado receber casos de racismo, a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena será comunicada.
"Com essas informações, poderemos identificar onde ocorrem mais casos de discriminação, racismo e intolerância", disse Arruda. O coordenador vê nessa troca de dados possibilidade de formular ações conjuntas que diminuam ocorrências e crimes".

Arruda propôs também a inserção da logomarca do São Paulo Contra o Racismo no site da Polícia Civil, com link de acesso ao formulário de denúncias. "Procuramos a parceria com a Polícia Civil para a ampliação da campanha educativa e para a construção de um Brasil sem racismo e sem nenhuma forma de preconceito".