quinta-feira, 17 de maio de 2012

PRESIDENTA DILMA ROUSSEF SE EMOCIONA AO INSTALAR A COMISÃO DA VERDADE PARA APURAÇÃO DOS CRIMES DE TORTURA NO BRASIL


Edição :Adilson Gonçalves Fonte Agência Brasil Charge: Latuff
A pretexto de se preservar lema da nação,
muitos filhos da pátria foram presos, torturados e mortos
Esta quarta-feira, dia 16 de maio,  foi um dia histórico para o Brasil.  Há menos de 40 anos, Dilma Rousseff  era presa e torturada no "pau de arara" por ser guerrilheira e lutar contra a ditadura militar no país. Esta quarta-feira, a Presidente  brasileira assinou, em cerimónia oficial no Palácio do Planalto, a instalação da Comissão da Verdade, o grupo que vai investigar, pela primeira vez, as violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988 no país. A Comissão da Verdade vai passar a pente-fino em especial os crimes praticados durante a ditadura militar (1964-1985). Os nomes dos torturadores e mandantes, mesmo que sejam altas patentes militares, serão divulgados.
Polêmica em torno da Comissão
Ex-presa política e torturada, a Presidenta Dilma Roussef 
se emocionou na instalação da Comissão da Verdade

A iniciativa, porém, não está a reunir o consenso, tendo sido recebida com críticas por parte de militares e também de ex-ministros que contribuiram para a criação da Comissão, a exemplo do antigo responsável pela pasta da Defesa, Nélson Jobim, que deixou o cargo no ano passado. Segundo Jobim, o acordo político que viabilizou a comissão previa que ações da esquerda armada seriam também investigadas, e não apenas os atos dos agentes da repressão.

Integram a Comissão da Verdade,  José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça no Governo de Fernando Henrique Cardoso, Gilson Dipp, ministro do Supremo Tribunal Judicial e do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Maria Cardoso da Cunha, ex-advogada de Dilma Rousseff, Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República  no Governo de Lula da Silva, a psicanalista Maria Rita Kehl, o advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho e, ainda, o ex-secretário de Direitos Humanos, Paulo Sérgio. 
"Certamente, as altas patentes militares sabem que essa comissão não tem caráter punitivo. Então, por que a mera divulgação (dos seus nomes) os incomoda tanto?", questiona a psicanalista Maria Rita Kelh.
A presidenta Dilma entre integrantes do STF e do Ministério da Justiça
 e seus antessessores na Presidência da República
Em declarações ao jornal "Folha de São Paulo, ela diz que há duas hipóteses para os torturadores temerem a divulgação dos seus nomes. "Uma mais otimista, que é a de que têm vergonha do que fizeram".  E outra,  mais pessimista ou realista, de que "não é por culpa ou  medo". Ou seja,  considerando, na teoria psicanalítica, que existe o "gozo proibido", que está associado à tortura e que é "tão sem freios que no limite é mortífero", o que os faz temer é "serem devassados no seu sentimento mais íntimo". 

Um comentário:

  1. Prezado Companheiro, professor CAÓ! Parabéns para a Dilma, pois ela está no caminho correto em algumas das posições que adota. Porém, aquela olhada e fala, com colocação de 'dedo em riste' na Reunião pós Marcha dos Prefeitos... juro que me assustou. Aliás, poucas tem sido as situações que me surpreende, nesse governo. Com todo o respeito que ele mereça!!! Bom final de semana, mestre...!!!

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