sexta-feira, 30 de março de 2012

ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS ABRE INVESTIGAÇÃO SOBRE A MORTE DE VLADIMIR HERZOG DURANTE O REGIME MILITAR


Edição Adilson Gonçalves. Fontes Geledés e Wikipedia
A Comissão de Direitos Humanos da OEA – Organização dos Estados Americanos – comunicou oficialmente ao governo brasileiro que aceitou a denúncia sobre o caso de Vladimir Herzog, morto nas dependências do DOI-CODI em 25 de outubro de 1975. A denúncia foi feita a pedido do Cejil (Centro de Justiça e Direito Internacional), do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, do Centro Santo Dias e da Federação Interamericana de Direitos Humanos.
QUEM FOI VLADIMIR HERZOG
Vlado Herzog (Osijek, Croácia (à época ainda parte do Reino da Iugoslávia), nascido a 27 de junho de1937  São Paulo, 25 de outubro de 1975) foi um jornalista, professor e dramaturgo. Passou a assinar "Vladimir" por considerar seu nome muito exótico nos trópicos. Naturalizado brasileiro, Vladimir também tinha paixão pela fotografia, atividade que exercia por conta de seus projetos com o cinema.[
O nome de Vladimir tornou-se central no movimento pela restauração da democracia no Brasil após 1964. Militante do Partido Comunista Brasileiro, foi torturado até a sua morte em São Paulo, após ter se dirigido pessoalmente ao orgão para um interrogatório sobre suas atividades "ilegais". Depois foi encontrado morto em sua cela, após, segundo a repressão, ter cometido suicídio por enforcamento. Segundo o jornalista Sérgio Gomes, Vladimir Herzog é um "símbolo da luta pela democracia, pela liberdade, pela justiça.
Vladimir era casado com a publicitária Clarice Herzog, com quem teve dois filhos. Com a morte do marido Clarice passou por maus momentos, com medo e opressão e teve que contar para os filhos pequenos o que havia ocorrido com o pai. Clarice, três anos depois (1978), conseguiu que a União fosse responsabilizada, de forma judicial, pela morte do esposo.  Ainda sem se conformar, ela diz que "Vlado contribuiria muito mais para a sociedade se estivesse vivo

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