sexta-feira, 12 de agosto de 2011

STF PODERÁ TER A PRIMEIRA MINISTRA NEGRA, CONFORME SITE DO EDUCAFRO ANTECIPOU HÁ MESES

Neusa Maria Alves Silva: primeira
desembargadora negra do Brasil
Conforme o Educafro de frei David antecipara, a sucessão da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie pode ter uma surpresa,  se a presidenta  Dilma Rousself manter firme sua determinação de promover mulheres aos espaços de poder. Segundo a Folha de São Paulo há sete mulheres na disputa desse importante cargo. Entre elas, está o nome da desembargadora Neuza Maria Alves da Silva -foto -, a primeira desembargadora negra do Brasil. Baiana, ela tem o apoio do governador Jaques Wagner (PT) e certamente de todo o movimento negro brasileiro. Mas outras candidatas contam com indicações fortes:
Maria Elizabeth Rocha, Ministra do Superior Tribunal Militar, indicada por Lula, atualmente conta com apoio de José Dirceu e do ministro Toffili.
 Outra candidata é Sylvia Steiner, juíza do Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia,  Holanda,  que tem o mandato a se encerrar  2012. É pública a intenção da ministra Ellen Gracie ocupar esse cargo após sua aposentadoria. Sylvia Steiner conta com apoio dos ministros Cezar Peluso, presidente do STF, e Ricardo Lewandowski.
Flávia Piovesan, da Procuradoria do Estado e da PUC-SP, com forte atuação na área de direitos humanos, conta com o apoio do ministro da justiça José Eduardo Cardoso e de setores do movimento de direitos humanos e movimentos sociais. Trata-se de uma jurista com profundo compromisso com as ações afirmativas para mulheres, negras e negros.
Duas potenciais candidatas vêm do STJ (Superior Tribunal de Justiça), caminho natural para o STF: Fátima Nancy Andrighi e Maria Thereza Rocha Moura;  a segunda conta com a simpatia do ex-ministro da justiça no governo Lula, Marcio Tomaz Bastos. Outra possível escolhida  é Eunice Carvalhido, muito conhecida entre os juristas em Brasília Ela é esposa do ministro aposentado do STJ, Hamilton Carvalhido.
A grande surpresa será a escolha da desembargadora Neuza Maria Alves da Silva,  primeira  negra a ocupar este posto no Brasil. Baiana, ela tem o apoio do governador Jaques Wagner (PT) e certamente de todo o movimento negro brasileiro.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

FUNDAÇÃO PALMARES COMEMORA 23 ANOS COM A REALIZAÇÃO DE SEMINÁRIO E HOMENAGEM POST MORTEM A ABDIAS NASCIMENTO

 A sambista carioca Leci Brandão ...

Para celebrar a passagem dos seus 23 anos, a Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura, vai oferecer uma programação que dá espaço ao diálogo e ao debate de ideias em torno de temas atuais. O principal evento será o Seminário Nacional – a cultura como veículo de erradicação da miséria, a se realizar entre os dias 16 e 18 de agosto, no Hotel St. Peter (Setor Hoteleiro Sul), em Brasília.
Outro ponto alto da programação serão as atividades que marcarão a noite de encerramento, dia 18, no Teatro Nacional de Brasília. Na ocasião, será feita uma homenagem Post Mortem ao ativista negro Abdias Nascimento e, em seguida, acontecerá o show musical com a cantora Leci Brandão e o rapper GOG.
O Seminário
Estarão presentes na cerimônia de abertura do seminário, marcada para as 18h30 do dia 16, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, e o presidente da FCP, Eloi Ferreira de Araujo.
...e o rapper brasiliense Gog farão o show de encerramento
 das festividades do 23 º aniversário de FCP
Também foram convidados para compor a mesa os ministros Alexandre Padilha (Saúde); Fernando Haddad (Educação); Maria do Rosário (Direitos Humanos); Tereza Campelo (Desenvolvimento Social e Combate à Fome); Isabella Teixeira (Meio Ambiente); e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário).
Temas como Cultura, Inclusão Social e Cidadania; Juventude Negra e o Legado Cultural Afro-Brasileiro; e Cultura: Erradicar a Miséria e Ampliar a Cidadania serão desenvolvidos no  seminário promovido pela FCP. Grupos de trabalho serão formados para o debate em torno dos assuntos apresentados.
A Fundação
Criada em 22 de agosto de 1988, a Fundação Cultural Palmares tem o objetivo de promover e preservar a cultura afro-brasileira. A instituição formula e implanta políticas públicas que fortalecem a participação da população negra brasileira nos vários processos de desenvolvimento do país.
A entidade está comprometida com o combate ao racismo, a promoção da igualdade, a valorização, difusão e preservação da cultura negra. A igualdade racial e a valorização das manifestações de matriz africana são preocupações constantes da FCP, primeiro órgão federal criado com vistas à promoção, preservação, proteção e disseminação da cultura negra.



Confira a programação completa abaixo:
Dia 16/08

14h – 18h
Credenciamento
18h30 – 19h30
Mesa de Abertura: Autoridades Convidadas
Ana de Hollanda – Ministra da Cultura
Gilberto Carvalho – Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República
Luiza Bairros – Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Maria do Rosário – Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos
Alexandre Padilha – Ministro da Saúde
Fernando Haddad – Ministro da Educação
Tereza Campelo – Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Isabella Teixeira – Ministra do Meio Ambiente
Afonso Florence – Ministro do Desenvolvimento Agrário
Eloi Ferreira de Araujo – Presidente da Fundação Cultural Palmares
Mestre de Cerimônia – Teresa Lopes
19h30 – 20h20
Palestra Inaugural
“A Cultura como veículo de erradicação da miséria”
Ana de Hollanda – Ministra da Cultura
Coordenador : Eloi Ferreira de Araujo – Presidente da FCP
20h30
Degustação Afro
Dia 17/08

09h – 12h
Mesa – Cultura, inclusão social e cidadania
Marta Porto – Secretária de Cidadania Cultural – Ministério da Cultura
Nelson Inocêncio – Professor do Instituto de Artes e Coordenador do
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB
Adriana Barbosa – Presidenta do Instituto Feira Preta e Gestora de Eventos e Cultura
Mediador: Alexandro Reis – Diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro – FCP
14h – 17h
Mesa – Cultura : erradicar a miséria e ampliar a cidadania
Tereza Campelo – Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (a confirmar)
Edson Santos – Deputado Federal, ex-ministro da SEPPIR/PR
Ubiratan Castro de Araújo – Professor Doutor em História da UFBA e Diretor
Geral da Fundação Pedro Calmon – BA
Mediador: Carlos Moura – Coordenador Geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra – FCP
Dia 18/08
09h às 12h
Mesa – Juventude negra e o legado cultural afro-brasileiro
Severine Macedo – Secretária Nacional de Juventude
Maurício Pestana – Publicitário, Cartunista e Diretor Executivo da Revista Raça
Thaís Zimbwe – Jornalista e Coordenadora da UJIMA – Trabalho Coletivo e Responsabilidade
Mediador: Martvs das Chagas-Diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira – FCP
13h30 às 17h
GRUPOS DE TRABALHO
Grupo I – Coordenação: Adyr Assumpção – Ator, Produtor Cultural e Diretor da Mostra Imagem dos Povos
Grupo II – Coordenação: Yá Ebe Patrícia D´Oxum – Coordenadora do Coletivo de Entidades Negras do DF
Grupo III – Coordenação: Laina Crisóstomo Souza de Queiroz – Bacharel em Direito e Coordenadora Estadual de Mulheres da Conen-BA
17h
PLENÁRIA FINAL
20h às 23h
Entrega do Troféu Palmares
Homenageado: Abdias Nascimento
Shows de Encerramento
Leci Brandão
GOG
_________________
Serviço
O quê: Seminário Nacional – A cultura como veículo de erradicação da miséria
Quando: de 16 a 18 de agosto
Onde: Hotel St. Peter – Setor Hoteleiro Sul, Quadra 02, Bloco D. Brasília-DF
Inscrições: clique aqui
O quê: Entrega do Troféu Palmares e Shows de Encerramento
Quando: 18 de agosto
Onde: Teatro Nacional – Setor Cultural Norte. Brasília-DF

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MELHOR ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA É COTISTA


Gilberto da Silva Guizelin recebeu
 a láurea acadêmica de melhor aluno da UEL
Fonte: Maria Fro
O sistema de reserva de vagas para estudantes negros e oriundos de escolas públicas em vigência na Universidade Estadual de Londrina (UEL) está em discussão nas diversas instâncias da instituição, já que a resolução que estabeleceu essa política prevê que ela vigore por um período de sete anos letivos, contados a partir de 2005. Desse modo, o vestibular de 2012 pode continuar ou não com as cotas.
Os alunos que nos últimos quatro anos ingressaram na UEL por meio dessa política tiveram um desempenho considerado satisfatório pela comissão permanente da universidade que acompanha e avalia sua implementação. "Esses estudantes – diz um relatório da comissão – têm conseguido acompanhar o desenvolvimento dos demais, com médias equivalentes." Ainda de acordo com o documento, em algumas situações, os estudantes cotistas brancos ou negros, provenientes de escolas públicas, apresentaram desempenho superior ao dos estudantes não cotistas.
Exemplo de desempenho acima da média conseguido por um estudante cotista negro é o de Gilberto da Silva Guizelin (foto), um jovem do interior de São Paulo que ingressou no curso de História da UEL em 2005, depois de ter sido reprovado no vestibular da Universidade Estadual Paulista (UNESP). No decorrer dos quatro anos de sua permanência na graduação, ele foi beneficiado com bolsas de estudo e pesquisa para afrodescendentes que lhe permitiram definir o rumo que tomaria o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), facilitando também o acesso à pós graduação.
Ao se formar, em 2008, Guizelin recebeu a Láurea Acadêmica e foi considerado o Melhor Aluno da UEL de 2008. Ele conta que quando entrou na universidade pelo sistema de cotas ouvia, até mesmo de afrodescendentes, declarações de que aquela era uma nova forma de discriminação, mas diz que não concorda com essa visão: "O sistema de cotas – explica o historiador – não nasceu para ser eterno. Ele foi pensado para diminuir o desequilíbrio entre o número de afrodescendentes e de brancos no ensino superior. Todavia, sete anos é um período muito curto, se levarmos em consideração que o ensino superior no Brasil esta prestes a completar 200 anos, e nesse meio tempo o negro teve o seu direito de cursar uma universidade praticamente inviabilizado".