terça-feira, 14 de junho de 2011

AMEAÇADOS DE MORTE, QUILOMBOLAS FAZEM GREVE DE FOME NO MARANHÃO

Foto: Fabio Oliveira

Cinquenta e nove líderes quilombolas
estão ameaçados de morte no Maranhão;
 um já foi assassinado e, em maio, outro alvejado
     Dois padres e 17 quilombolas que haviam iniciado uma greve de fome na última quinta-feira em São Luís, no Maranhão, decidiram encerrar os protestos na noite desta sexta-feira. Eles ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na capital maranhense há dez dias, junto de outros representantes de 40 comunidades quilombolas.
     A intenção de invadir o local e fazer greve de fome é de chamar a atenção do governo para episódios violentos envolvendo líderes quilombolas em disputas de terras no Estado.
     Segundo a Comissão Pastoral da Terra, 59 líderes estão ameaçados de morte no Maranhão.
No ano passado o líder quilombola Flaviano Pinto Neto foi assassinado a tiros e em 31 de maio deste ano a casa de outro líder local foi alvo de três tiros.
      Os manifestantes querem que a Secretaria de Direitos Humanos, comandada pela ministra Maria do Rosário, garanta segurança aos quilombolas. A ministra falou com os manifestantes por telefone na tarde desta sexta e também pediu à governadora Roseana Sarney um reforço no policiamento em comunidades quilombolas do Estado.

    Segundo a Secretaria de Direitos, Humanos, há uma indicação de visita de Maria do Rosário ao Maranhão no dia 22, e também, conforme assessoria do Seppir, também uma ida da ministra Luiza Bairros, no mesmo dia.

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